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Petróleo fecha sem direção única, com Venezuela e dados do DoE no foco

24 jan 2019 - 18h04
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Os contratos futuros de petróleo chegaram ao fim do pregão desta quinta-feira, 24, sem direção única, repercutindo a crise política na Venezuela e, possivelmente, mais sanções dos Estados Unidos contra o país sul-americano, que disputaram atenção com o relatório semanal de estoques do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) americano.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março fechou em alta de 0,96%, cotado a US$ 53,13 por barril. Já em Londres, na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para entrega no mesmo mês recuou 0,08%, para US$ 61,09.

Na quarta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, e diversos outros líderes reconheceram o opositor Juan Guaidó como o novo presidente interino da Venezuela, em uma ação provocativa contra o atual presidente do país sul-americano, Nicolás Maduro, que recebeu apoio de países como Rússia e China. Os EUA também ameaçaram impor sanções à indústria petrolífera venezuelana, que poderiam prejudicar ainda mais as exportações do país.

"Achamos que a força no WTI de hoje pode ser devido ao impacto potencial de um conflito na Venezuela, já que Guaidó e Maduro reivindicam a liderança do país", disse o analista Stewart Glickman, do CFRA. "A produção venezuelana de petróleo vem caindo há anos, com os ativos sendo mal administrados e subinvestidos", disse. Glickman acrescentou que, se Trump impusesse uma proibição às importações americanas de óleo venezuelano, como tem sido anunciado há meses como uma possibilidade, "os atuais 500 mil barris diários de petróleo bruto da Venezuela exportados para os EUA teriam de ser substituídos por outros países, elevando o preço".

O relatório do DoE, nesse sentido, ficou em segundo plano. O departamento informou nesta quinta-feira que o volume estocado de óleo cru dos EUA subiu inesperadamente quase 8 milhões de barris na semana passada, contrariando as estimativas de queda, enquanto os estoques de gasolina também mostraram alta acima do esperado pelo mercado. "Uma queda na atividade de refino, uma queda nas exportações de petróleo bruto e um salto nas importações de petróleo acabaram com um fim abrupto para os recentes levantamentos", disse o diretor de pesquisa de commodities da ClipperData, Matt Smith. Fonte: Dow Jones Newswires.

Estadão
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