PUBLICIDADE

Petróleo fecha sem direção única, com cúpula EUA-China e tensões no Oriente Médio

25 jun 2019 - 16h38
Compartilhar
Exibir comentários

Os contratos futuros de petróleo fecharam sem direção única nesta terça-feira, 25, com investidores à espera do encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o da China, Xi Jinping, e monitorando as tensões no Oriente Médio, desta vez envolvendo os americanos e o Irã.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em agosto recuou 0,12%, a US$ 57,83 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para o mesmo mês avançou 0,29%, a US$ 65,05 o barril.

A aversão a risco aumentou com especulações sobre os possíveis desfechos do encontro entre Trump e Xi, que ocorrerá no G-20, marcado para o final desta semana em Osaka, no Japão. Os líderes pretendem tratar da guerra comercial, mas possíveis acordos podem ser dificultados pelos rumores de que Pequim considera adicionar a empresa americana FedEx a uma lista chinesa de entidades não confiáveis, de acordo com fontes ouvidas pela Bloomberg.

Já no Oriente Médio, continuam a pressionar as cotações de petróleo as tensões entre os EUA e o Irã. Após autorizar novas sanções contra o país persa, o líder da Casa Branca afirmou pelo Twitter, na manhã desta terça-feira, que "qualquer ataque iraniano a qualquer coisa americana será respondido com grande e esmagadora força", renovando as tensões entre os países.

Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Abbas Mousavi respondeu que as novas sanções impostas pelos EUA significam o "fechamento permanente" da via diplomática entre Teerã e Washington.

Os desentendimentos entre as duas nações, para a Capital Economics, aumentam as "preocupações sobre um déficit na oferta mundial de petróleo". Por outro lado, problemas na oferta podem ser compensados por quedas na demanda, "se estamos certos em esperar um crescimento global mais fraco", diz o relatório enviado pela consultoria a clientes, nesta terça-feira.

Estão no radar dos investidores, também, a divulgação da pesquisa semanal dos estoques de petróleo e derivados nos EUA pelo American Petroleum Institute (API), agendada para o fim da tarde desta terça; e as especulações em relação à próxima reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), adiada para 1º e 2 de julho, quando o cartel e os aliados podem ajustar os cortes na produção da commodity.

Estadão
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade