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Petróleo fecha perto da estabilidade

12 jul 2019 - 18h51
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Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta sexta-feira, 12, perto da estabilidade. A commodity acumulou ganhos semanais, com novo registro de baixa nos estoques americanos e a queda da produção no Golfo do México, mas preocupações com a perspectiva de demanda global mais fraca limitaram o avanço dos preços na sessão de hoje.

O petróleo WTI para entrega em agosto negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex) fechou em alta de 0,01%, a US$ 60,21 por barril, subindo 4,69% na comparação semanal. Já o petróleo Brent para setembro na Intercontinental Exchange (ICE) teve leve avanço de 0,30%, a US$ 66,72 o barril, acumulando alta de 3,87% na semana.

A alta registrada pelo petróleo desde a última sexta-feira foi sustentada pela percepção de riscos à oferta da commodity, após a quarta semana consecutiva de queda nos estoques dos Estados Unidos e a previsão da iminente tempestade tropical no Golfo do México, onde a produção caiu 59% nos últimos dias com a evacuação de plataformas. O risco de escalada de tensões geopolíticas no Oriente Médio também impulsionou os preços do petróleo, após Washington ameaçar adotar novas sanções contra o Irã em retaliação à tentativa iraniana de deter um petrolífero britânico no Estreito de Ormuz.

No entanto, a perspectiva de desaceleração da demanda mundial pela commodity nos próximos dois anos, segundo relatório mensal publicado hoje pela Agência Internacional de Energia (AIE), pesou sobre os preços hoje. Para analistas da Capital Economics, as preocupações com a demanda mais fraca devem manter o valor do petróleo Brent sob pressão nos próximos meses, após o recuo de 10% do preço do barril em junho.

Além da demanda mais fraca em razão da desaceleração econômica mundial, a AIE prevê excesso de oferta de petróleo em 2020, em grande parte puxada pelo aumento da produção americana. Os números apontam que os EUA colocaram 390 mil barris de petróleo no mercado em junho, bem acima da redução de 90 mil barris da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) no mesmo mês, após acordo do cartel e aliados para estender os cortes na produção até o início do ano que vem.

Por outro lado, os especialistas da Capital Economics acreditam que o petróleo pode sofrer uma valorização acentuada no caso de um fechamento total do Estreito de Ormuz pelo Irã. Para os analistas da consultoria, o preço do Brent poderia ultrapassar US$ 150,00 neste cenário. / COM INFORMAÇÕES DA DOW JONES NEWSWIRES

Estadão
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