Petróleo fecha em queda, refletindo acirramento de tensões EUA-China
Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta quarta-feira, 29, com o acirramento das tensões entre os Estados Unidos e a China, no contexto da guerra comercial.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do WTI negociado para julho caiu 0,55%, a US$ 58,81. Na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do petróleo tipo Brent para o mesmo mês encerrou o pregão em queda de 0,94%, a US$ 69,45.
Hoje, o governo da China subiu o tom contra Washington, ao sugerir a restrição na venda de terras-raras aos americanos como estratégia de retaliação, minando as expectativas de um acordo comercial em breve entre as partes e incentivando a fuga de ativos de risco, como o petróleo.
Uma autoridade não nomeada da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China relatou, em comunicado, que o país pode dificultar a importação de terras-raras da gigante asiática por parte dos americanos. Em relatório divulgado a clientes, o Commerzbank comenta que terras-raras, cuja produção é praticamente um monopólio chinês, são elementos químicos vitais para a fabricação de equipamentos militares e, até mesmo, telefones celulares.
Pelo lado cambial, o fortalecimento do dólar torna o petróleo mais caro para detentores de outras divisas, o que tende a reduzir sua atratividade.
As perdas, que chegaram a superar 3% durante a sessão, foram contidas por expectativas pela divulgação dos estoques do óleo em solo americano, após o fechamento do mercado. Conflitos envolvendo EUA e Irã geram especulações sobre a oferta global. O analista Bart Melek, da TD Securities, acredita que os preços do petróleo devem ser apoiados pelos riscos na oferta.
