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Petróleo fecha em queda diante de possibilidade de acordo entre EUA e Irã

26 ago 2019 - 17h05
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Os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão desta segunda-feira em queda, reagindo à percepção de que os Estados Unidos e o Irã podem vir a fechar um acordo. Na cúpula do G7, o presidente americano, Donald Trump, disse que estaria aberto a uma reunião com o líder iraniano, Hassan Rouhani.

O petróleo WTI para entrega em outubro negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex) caiu 0,98%, para US$ 53,64 o barril. Já o petróleo Brent para o mesmo mês na Intercontinental Exchange (ICE) teve baixa de 1,08%, a US$ 57,70 o barril.

Em coletiva de imprensa, Trump afirmou que está aberto a se encontrar com Rouhani "se as circunstâncias estiverem certas". O comentário veio após o presidente da França, Emmanuel Macron, sugerir que EUA e Irã podem firmar um acordo caso seus presidentes se reunissem. Um entendimento entre Washington e Teerã poderia aumentar a oferta mundial do óleo, já que hoje os EUA mantêm sanções contra o petróleo iraniano.

Pelo lado cambial, o dólar forte, verificado ao longo do pregão, também pressionou os contratos futuros de petróleo, na medida em que eles se tornaram mais caros para detentores de outras divisas.

O Irã anunciou que 2,1 milhões de barris de petróleo, que estavam a bordo do um petroleiro iraniano que foi libertado por Gibraltar, foram vendidos a um comprador não identificado, em meio à crise envolvendo a produção petrolífera do Irã.

A repercussão das falas de Trump e Macron inverteu a tendência de alta que era verificada nos contratos de petróleo desde o início do pregão, que reagiam outra fala de Trump. O líder da Casa Branca afirmou, mais cedo, que retomaria negociações comerciais com a China "em breve", fomentando expectativas por aumento na demanda pela commodity.

De acordo com analistas do Commerzbank, "investidores estão positivos em relação aos dois principais tipos de petróleo, mantendo 220 mil contratos líquidos em cada um deles". A boa perspectiva para os contratos vem em um momento em que "os cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) provavelmente terão um impacto maior nos próximos meses", diz a instituição, em relatório divulgado a clientes.

Estadão
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