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Petróleo fecha em queda diante de fortalecimento do dólar

5 fev 2019 - 18h04
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Em um dia marcado por oscilações entre ganhos e perdas, os contratos futuros de petróleo encerraram a sessão desta terça-feira, 5, em queda, prejudicados pelo fortalecimento do dólar em relação a outras moedas principais, com os investidores aguardando os dados semanais de estoques de óleo bruto dos Estados Unidos.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em março fechou em queda de 1,65%, cotado a US$ 53,66 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para abril recuou 0,85%, para US$ 61,98.

O dólar mais forte diante de outras moedas principais, como euro e libra, prejudicou os preços do petróleo e de outras commodities, tornando-os mais caros para compradores estrangeiros. Fortes dados de contratação resultaram, recentemente, em um aumento de confiança na economia americana, dando suporte ao dólar. Além disso, analistas também monitoram as expectativas quanto às taxas de juros nos EUA, uma vez que os rendimentos mais elevados dos títulos públicos americanos podem tornar as commodities menos atraentes para alguns investidores.

Os investidores também aguardam os dados semanais de estoque de petróleo nos EUA. O volume estocado de óleo tem aumentado nas últimas semanas, embora, na última quarta-feira, apresentasse alta menor do que a estimada pelos analistas. Os dados americanos têm sido monitorados de perto em meio a preocupações contínuas de que a produção americana e a oferta estável da Arábia Saudita e da Rússia mantenham os preços pressionados à medida que a demanda deve se enfraquecer.

Ainda assim, a incerteza com a oferta de países como a Venezuela elevou os preços do petróleo nos últimos pregões. Na semana passada, Washington impôs sanções à gigante petrolífera estatal venezuelana PdVSA, em um esforço para minar o governo de Nicolás Maduro. O movimento seguiu a decisão do governo de Donald Trump no fim do mês passado para reconhecer o líder opositor Juan Guaidó como presidente interino do país sul-americano.

As sanções dos EUA já estavam restringindo as exportações de petróleo bruto venezuelano, empurrando a indústria de óleo e gás do país para ainda mais perto do colapso, de acordo com analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. Ao mesmo tempo, diversos países da União Europeia reconheceram na segunda-feira Guaidó como líder interino da Venezuela. "Isso significa que os europeus provavelmente se unirão às sanções americanas contra a Venezuela", apontaram analistas do Commerzbank - uma medida que poderia prejudicar ainda mais a oferta do país sul-americano. A Venezuela integra a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Fonte: Dow Jones Newswires.

Estadão
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