Petróleo fecha em queda com tensão entre EUA e China e previsão de oferta
Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta terça-feira, 7, pressionados principalmente pelas incertezas crescentes em torno das negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China. O dólar forte e o corte de projeções de crescimento da zona do euro também colaboram para a queda nos preços do óleo, que na segunda-feira fecharam em alta.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em junho fechou em baixa de 1,36%, cotado a US$ 61,40. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para julho caiu 1,90%, para US$ 69,88 por barril.
Na manhã desta terça, o petróleo já operava em queda à espera de notícias sobre o imbróglio comercial entre as duas maiores economias do planeta.
Na segunda-feira, após o fechamento dos negócios, o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, e o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, emitiram declarações conflitantes sobre as negociações. Enquanto Lighthizer confirmou que Washington vai aumentar as tarifas sobre produtos chineses na próxima sexta-feira, Mnuchin disse que o país poderia rever essa decisão caso as negociações voltassem aos trilhos.
Além disso, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA prevê aumento na produção mundial do petróleo de 101,11 milhões de barris por dia (bpd) neste ano para 103,03 milhões de bpd no ano que vem, mesmo com o aperto na produção dos países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), ao passo em que a oferta de países que não pertencem à organização deve subir de 65,69 milhões de bpd para 68,16 milhões de bpd no ano que vem.
