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Petróleo fecha em queda, com temores sobre queda na demanda e excesso de produção

4 fev 2020 - 18h34
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Os contratos futuros de petróleo fecharam novamente em queda após apresentarem leve recuperação nesta terça-feira, 4, refletindo temores para a demanda pela commodity em consequência do coronavírus na China e seus impactos para a economia global, além do excesso de produção que agora fica mais evidente.

O petróleo WTI para março fechou em baixa de 1,00%, a US$ 49,61 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para abril caiu 0,90%, a US$ 53,96 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

A epidemia de coronavírus continua sendo o fator de maior impacto nos preços, com cancelamentos de viagens e fechamento de cidades chinesas para conter o vírus, que já chegou a 25 nações. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, continua alto o risco de disseminação da doença.

Para o Commerzbank, aumenta a pressão sobre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) para que amplie cortes na produção, já que a curva do Brent mostra que o preço à vista está mais baixo que o futuro, o que aponta para um excesso de oferta no curto prazo.

Os contratos futuros do petróleo até ensaiaram uma recuperação após a Dow Jones Newswires noticiar que a Opep+ considera respostas mais agressivas nos cortes de produção. No entanto, o preço começou a cair após relatos de que uma autoridade iraquiana afirmou que a decisão ficará mesmo para a próxima semana.

O ING avalia, em relatório enviado a clientes, que embora pareça cada vez mais provável que a Opep+ seja obrigada a agir, a grande questão é se eles seriam capazes de reduzir significativamente mais sua produção.

"Um corte adicional de 500 mil barris por dia pode ser possível, mas qualquer coisa além disso seria difícil de alcançar, pois se torna questionável quem seria capaz de fazer cortes significativos além da Arábia Saudita e da Rússia. Os sauditas já estão cumprindo o acordo atual no limite. Portanto, se as perdas de demanda na escala atual persistirem no segundo trimestre, provavelmente veremos preços ainda mais fracos" afirma o ING.

Fica no radar ainda a pesquisa semanal do American Petroleum Institute (API) sobre estoques de petróleo e derivados dos EUA, que será divulgada ainda nesta terça.

Estadão
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