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Petróleo fecha em queda com temor sobre demanda e tensões EUA-China

30 jun 2020 - 17h56
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Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta terça-feira, 30, com incertezas quanto ao caminho da pandemia em meio à reabertura econômica, enquanto uma segunda onda de infecções ameaça a recuperação apresentada por indicadores globais. As tensão entre Estados Unidos e China, principalmente com a aprovação de uma rígida lei de controle de Hong Kong, contribuíram para acender o alerta de perigo, trazendo cautela aos participantes do mercado. Preocupações com o equilíbrio entre oferta e demanda também continuam no radar dos investidores.

O barril do petróleo WTI para agosto fechou em queda de 1,08%, a US$ 39,27 na New York Mercantile Exchange (Nymex). O Brent para setembro caiu 1,39%, a US$ 41,27 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

O otimismo com a chegada de uma vacina para conter a covid-19 ainda neste ano, que fez os preços do petróleo subirem ontem, foi revertido por um sentimento de cautela após a China aprovar a lei de segurança nacional para Hong Kong, num gesto que tende a agravar relações com os EUA. A possibilidade de aumento nas tensões fez o mercado de petróleo deixar de lado os dados surpreendentes da segunda maior economia do planeta, como o PMI industrial e de serviços chinês.

Já a retomada da produção de petróleo na Líbia alimentou temores de retorno do excesso de oferta. A estatal National Oil Corporation (NOC) informou que deve recomeçar as operações após concluir negociações internacionais para encerrar um bloqueio a instalações petrolíferas no leste do país, que se arrasta desde janeiro. A Reuters informou, citando fontes, que Rússia e Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) devem diminuir o ritmo de corte na produção da commodity a partir de agosto.

O ING avalia que não há motivos para os preços do petróleo voltarem a subir. "Ainda acreditamos que é difícil justificar um aumento significativo de preços no curto prazo, devido aos altos níveis de estoque, à fraqueza contínua nas margens das refinarias e ao medo de uma segunda onda grave de covid-19", diz o banco.

Estadão
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