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Petróleo fecha em queda com estoques dos EUA; Brent tem menor preço desde abril

15 ago 2018 - 16h40
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Os contratos futuros de petróleo apresentaram forte recuo nesta quarta-feira, 15, com o Brent no menor nível desde 9 de abril, diante do aumento acima das projeções nos estoques de petróleo dos Estados Unidos. Os números acentuaram as perdas desta semana, em meio à cautela com a Turquia.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em setembro fechou em baixa de 3,02%, para US$ 65,01 por barril, no nível mais baixo desde 19 de junho. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para outubro caiu 2,34%, para US$ 70,76.

Pela manhã, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) americano informou que os estoques de petróleo no país avançaram de 6,805 milhões de barris na semana encerrada em 10 de agosto, a 414,194 milhões, contrariando a previsão de queda de 2,4 milhões de barris. Os estoques de destilados avançaram 3,566 milhões de barris, muito acima da projeção de 700 mil barris, enquanto as reservas de gasolina recuaram 740 mil de barris, mais do que a baixa prevista de 500 mil.

Na tarde de terça, o Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) divulgou estimativas de que os estoques de petróleo bruto dos EUA subiram 3,7 milhões de barris na semana encerrada em 10 de agosto, avanço muito acima das projeções de alta de 950 mil barris. No mesmo período, os estoques de destilados avançaram 1,9 milhão de barris. Apenas registraram queda os de gasolina, de 1,6 milhão de barris.

Também pesou no humor dos investidores a escalada das tensões na Turquia, à medida que os riscos de contágio a outras economias emergentes e disputas comerciais preocupam. O governo turco anunciou nesta quarta tarifas retaliatórias sobre US$ 533 milhões de bens importados dos EUA, além de ter dito através de uma porta-voz que americanos levam a relação entre Washington e Ancara a "ponto de ruptura por causa da detenção do pastor americano". Um tribunal local negou nesta quarta um recurso que pedia a libertação do pastor Andrew Brunson, que tem sido o pivô das tensões entre os países.

Ainda permanece no radar o Irã. Especialistas do Commerzbank apontam que as sanções impostas ao país persa pelo governo americano já começam a fazer efeito, à medida que os envios da commodity para a Europa diminuíram, e que a China parece ter parado de importar o óleo americano devido às disputas comerciais com os EUA. As encomendas de petróleo da potência asiática agora poderiam se voltar ao Irã.

Estadão
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