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Petróleo fecha em queda após China dizer que pretende retaliar tarifas dos EUA

15 ago 2019 - 17h17
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Os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão desta quinta-feira em queda, reagindo aos novos capítulos das divergências entre os Estados Unidos e a China, que podem aprofundar a desaceleração da economia mundial e, consequentemente, pressionar a demanda pela commodity energética. Nesta quinta, o país asiático declarou que pretende retaliar as novas tarifas impostas pelos americanos.

O petróleo do tipo WTI para entrega em setembro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em queda de 1,38%, a US$ 54,47 o barril. Já o petróleo Brent para outubro, comercializado na Intercontinental Exchange (ICE), caiu 2,10%, a US$ 58,23 o barril.

A guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo ganhou novo capítulo nesta quinta-feira, após o Ministério das Finanças da China declarar que Pequim tomará "contramedidas necessárias" como resposta às tarifas impostas pelo presidente americano, Donald Trump, em 1º de agosto, sobre bens importados do país asiático. O Escritório do Representante Comercial (USTR, na sigla em inglês) dos EUA chegou a suspender a medida para alguns bens, enquanto prorrogou para dezembro a tarifação sobre outros produtos.

Mesmo assim, o comunicado da pasta chinesa defende que os EUA violaram a trégua firmada entre os líderes das duas nações no encontro do G20, ocorrido no final de junho, renovando a cautela nos mercados internacionais. Os temores de que as divergências entre China e EUA aprofundem a desaceleração das economias globais renovam as expectativas por redução da demanda pela commodity energética, o que tende a pressionar as suas cotações.

Pelo lado da oferta, as tensões entre americanos e iranianos também intensificam. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, declarou no Twitter que estão "roubando propriedades" do país persa em alto mar, em referência a uma tentativa dos EUA de apreender um petroleiro iraniano. A declaração foi dada após o governo de Gibraltar ter confirmado a liberação do navio de petróleo do Irã Grace 1, retido desde julho pelo Reino Unido, por suspeita de transporte de óleo para a Síria.

Pelo lado cambial, o dólar forte ao longo do dia também é desfavorável para os contratos de petróleo, na medida em que eles se tornam mais caros para detentores de outras divisas.

Estadão
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