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Petróleo fecha em queda, após altas, com dólar forte e olho em estoques nos EUA

29 jun 2022 - 16h38
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O petróleo fechou em alta nesta quarta-feira, 29, no mercado futuro, depois de três sessões com ganhos. O alto nível do dólar pressiona a o preço da commodity. No radar, também esteve dado oficial que mostrou queda nos estoques do petróleo nos Estados Unidos, mas alta inesperada nos de gasolina, além do debate sobre teto de preços ao petróleo russo pelo G7.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para agosto caiu 1,17% (US$ 1,35), a US$ 112, enquanto o do Brent para o mês seguinte recuou 1,77% (US$ 1,98), a US$ 109,78, na Intercontinental Exchange (ICE).

O Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) mostrou que os estoques de petróleo caíram em 2,82 milhões de barris na última semana, bem mais do que os 800 mil barris previstos por analistas. Os estoques de gasolina, por sua vez, subiram 2,6 milhões de barris, ante expectativa de queda. Os ativos do petróleo chegaram a fortalecer alta logo após o dado, mas reverteram o movimento pouco depois.

A aversão ao risco predominou nos mercados internacionais e impulsionou o dólar ante rivais. O fortalecimento da divisa americana encarece as commodities para detentores de outras moedas.

Ainda, a proposta do G7 de impor limite de preços ao petróleo russo importado tem chamado atenção, avalia o Julius Baer. O banco afirma que os compradores de petróleo envolvem muitos atores com diferentes interesses e sem alternativas credíveis para que possam exigir descontos nos preços. "A discussão pode ser sobre a mensagem de que a política se preocupa com a inflação de combustível", afirma o economista Norbert Rücker. O banco diz esperar desvantagens para os preços do petróleo, à medida que "a demanda está estagnada, a produção está crescendo e o petróleo russo ainda encontra seus compradores".

Por outro lado, em entrevista ao Broadcast, o diretor de Pesquisas em Commodities para as Américas do Citi, Aakash Doshi, disse esperar que os preços da commodity sigam "fortes e voláteis" no curto prazo, antes de perder o ímpeto no ano que vem.

Estadão
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