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Petróleo fecha em leve alta, com furacões no radar e após CPI dos EUA e AIE

14 set 2021 - 17h04
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Os contratos futuros do petróleo fecharam em leve alta nesta terça-feira, 14, após uma sessão volátil. Apesar de terem começado o dia em alta e ganhado forças com a divulgação do relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) e da inflação ao consumidor (CPI) dos EUA, que veio abaixo do esperado, os ativos perderam fôlego e operaram no negativo em parte da sessão. Como pano de fundo, estão os impactos na oferta relacionados ao furacão Ida e ao avanço do Nicholas sobre solo americano.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para outubro teve avanço marginal de 0,01% (US$ 0,01), a US$ 70,46 o barril, enquanto na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent fechou em alta de 0,12% (US$ 0,09), a US$ 73,60 o barril.

Os contratos do óleo deram continuidade ao avanço registrado ontem, com o maior nível em seis semanas, de acordo com o Commerzbank. Segundo o banco alemão, a queda na produção do Golfo do México segue sendo um dos principais impulsionadores do preço da commodity. Da produção da região, 44% ainda não havia sido retomada até ontem, dizem os analistas, em menção a dados do Escritório de Segurança e Fiscalização Ambiental do país.

Sem sequer terem se recuperado completamente dos impactos do furacão Ida, Louisiana e Mississippi devem ser atingidos por forte chuvas proporcionadas pelo Nicholas - furacão que tocou o solo do Texas hoje.

O relatório da AIE também deu fôlego aos ativos hoje. A agência reduziu sua previsão para a alta na oferta mundial fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em 2021 em 150 mil barris por dia (bps), a 450 mil bpd. Paralelamente, cortou sua previsão de avanço na demanda global em 100 mil bpd, a 5,2 milhões de bpd, em menção aos impactos da variante delta do coronavírus.

Ontem, a Opep também informou ajustes nas suas previsões do óleo. "O aumento do preço é ainda mais impressionante, porque o mercado ignorou a revisão da demanda em baixa da Opep", diz a Rystad Energy. "Talvez já fosse esperado e precificado, talvez a gravidade das interrupções no fornecimento nos EUA esteja colocando um limite em outros sinais de baixa".

O resultado dos últimos dados da inflação ao consumidor (CPI) americano, que ficaram abaixo do esperado, também apoiaram a commodity nesta sessão. Ao longo do dia, porém, os contratos futuros perderam fôlego e operaram no negativo durante a tarde. Ao fim da sessão, os operadores ajustaram suas posições e o petróleo conseguiu avançar.

"O petróleo subiu ao lado de todos os ativos de risco, já que o menor ganho de preço em sete meses sugeriu que o Fed não terá pressa em fazer um anúncio de redução das compras de ativos", afirma o analista Edward Moya, da Oanda.

Estadão
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