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Petróleo fecha em baixa no dia, mas encerra semana com ganhos

21 jan 2022 - 18h17
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Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta sexta-feira, em sessão na qual investidores realizam lucros e com a commodity sofrendo algumas correção, após atingir seu nível mais alto em sete anos. As perspectivas sugerem um mercado ainda apertado, com diversos riscos para a produção em integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo a aliados (Opep+), enquanto preocupações ambientais e sociais limitam novas explorações fora do grupo.

O petróleo WTI com entrega prevista para março fechou em baixa de 0,48% (US$ 0,41), a US$ 85,14 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para março caiu 0,55% (US$ 0,49), a US$ 87,89 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na semana, os contratos mais líquidos acumularam ganho de 1,55% e 2,13%, respectivamente.

O Commerzbank lembra que o Brent havia tocado máximas em sete anos nesta semana, o que abre espaço para realização de lucros, e considera que os contratos estão "cada vez mais desacoplados dos dados sobre fundamentos".

Na visão do Rabobank, a Opep continua com desempenho inferior às suas cotas, resultando em saldos mais apertados do que o esperado e, assim, apoiando os preços do petróleo.

O grupo de exportadores aumentou a produção em menos da metade dos esperados 400 mil barris por dia acordados em dezembro, com a Líbia e a Nigéria sofrendo quedas modestas de oferta durante o último mês, aponta o banco holandês. O desempenho inferior bastante destaca que a capacidade ociosa pode ser mais restrita do que o esperado fora da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos, analisa.

O fornecimento de petróleo no Ocidente continua sob crescente pressão da base de investidores sensíveis a ESG, aponta o Rabobank. O tema ficou em alta nesta semana, com a Exxon Mobil anunciando sua intenção de ser neutra em carbono até 2050. "As grandes petrolíferas ocidentais e os perfuradores de xisto dos EUA estão enfrentando uma pressão crescente para reduzir as emissões de carbono, um tema que provavelmente sufocará o crescimento da produção de petróleo e gás fora da Opep nos próximos anos", avalia.

Além disso, a francesa Total e outras exploradoras anunciaram o fim de atividades em Mianmar, citando pressões que ocorrem desde o golpe militar no país. Hoje, o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos Estados Unidos caiu 1 na última semana, a 491, informou hoje a Baker Hughes, companhia que presta serviços ao setor.

Estadão
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