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Petróleo fecha em baixa em correção à recente sequência de altas

13 jan 2021 - 18h00
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Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa, após operarem grande parte do dia em alta, em resposta ao corte de produção pela Arábia Saudita e ao relatório de estoques nos EUA. O Brent chegou a ultrapassar a marca de US$ 57 pela primeira vez em dez meses, segundo o Commerzbank, que lembra uma alta no barril próxima a 12% na última semana.

O petróleo WTI para fevereiro fechou em baixa de 0,56%, em US$ 52,91 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para março recuou 0,92%, a US$ 56,06 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Nesta quarta foi divulgado que a Saudi Aramco passará a ofertar níveis menores de petróleo bruto a partir do mês que vem como parte de contratos a longo prazo, distribuindo a algumas processadoras asiáticas cerca de 20% a 30% a menos em relação volume que elas desejavam. A queda no suprimento ocorre após os sauditas se comprometerem a cortar sua produção da commodity em 1 milhão de barris por dia em fevereiro e março.

O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Mohammed Barkindo, afirmou nesta quarta que a entidade mantém seu compromisso de ajudar o mercado da commodity a se recuperar neste ano, após o choque com a pandemia da covid-19 em 2020. Durante evento virtual, ele comentou que a Opep e aliados como a Rússia, que formam o grupo chamado Opep+, têm adotado "uma estratégia flexível" no mercado, a fim de apoiar os preços e responder ao quadro na oferta e demanda.

No entanto, a Petro-Logistics, empresa de consultoria especializada em rastreamento de navios petroleiros, estima que os países da Opep+ implementaram apenas 75% de seus cortes de produção em dezembro. "Eles devem aumentar sua produção novamente de forma gradual em janeiro", segundo o Commerzbank. O banco alemão avalia que o "potencial de alta para os preços do petróleo está longe de ser ilimitado, em outras palavras, e uma correção de preço no futuro próximo é provável".

Sobre o relatório do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês), "houve apenas uma reação silenciosa do mercado ao último relatório. Embora a demanda de produtos tenha aumentado, as medidas de contenção de vírus sugerem que ela permanecerá contida por algum tempo", de acordo com a Capital Economics.

Estadão
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