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Petróleo fecha em baixa, após DoE mostrar avanço inesperado de estoques nos EUA

5 jul 2018 - 17h21
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Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta quinta-feira, 5, após dados mostrarem que o volume estocado de óleo nos Estados Unidos aumentou inesperadamente na semana passada. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em agosto fechou em queda de 1,62%, para US$ 72,94 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para setembro recuou 1,09%, para US$ 77,39. O relatório semanal de estoques do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) americano mostrou nesta quinta-feira que o volume estocado de petróleo aumentou 1,2 milhão de barris na semana passada, enquanto analistas consultados pelo Wall Street Journal esperavam recuo de 3,9 milhões de barris. Quedas recentes nos estoques elevaram os preços do óleo, mesmo com a Organização dos países Exportadores de Petróleo (Opep) concordando em aumentar a produção, embora menos do que o antecipado pelos participantes do mercado. O último relatório de estoques mostrou um quadro de oferta e demanda mais normal nos EUA após a maior redução do volume estocado desde 2016, uma semana antes, de acordo com o diretor da divisão de futuros da Mizuho Securities USA, Bob Yawger. "Isso vai sugar parte do impulso excessivo do mercado", afirmou. Ainda assim, o relatório mostrou que o petróleo armazenado em Cushing, Oklahoma, diminuiu 2,1 milhões de barris, para 27,8 milhões de barris. A perspectiva de maior oferta global limitou os ganhos do Brent recentemente, diminuindo a diferença entre os preços dos EUA e os globais. Analistas disseram que essa tendência pode prejudicar os exportadores americanos, que aumentaram a atividade com os preços domésticos sendo negociados com um grande desconto. O relatório desta quinta-feira mostrou que as exportações caíram em relação à semana anterior. Além disso, os investidores reagiram a um tuíte do presidente dos EUA, Donald Trump, onde ele reiterou que deseja que a Opep aumente a produção e baixe os preços do petróleo. Recentemente, o republicano pediu que a Arábia Saudita e outros grandes produtores aumentem a produção devido às sanções contra o Irã e a outras interrupções que deverão reduzir a oferta. Ainda assim, alguns analistas não acreditam que a Opep tenha capacidade ociosa suficiente para equilibrar o mercado. "Os aumentos da Opep não serão suficientes para isso. O mercado está chegando a essa conclusão agora", disse o sócio-gerente da G&R Associates, Leigh Goehring. Próximo ao horário de fechamento, fontes da Dow Jones Newswires relataram que as dúvidas quanto ao processo de abertura de capital da Saudi Aramco aumentaram em meio à paralisação da oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de ações da estatal saudita. Fonte: Dow Jones Newswires

Estadão
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