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Petróleo fecha em alta em dia de anúncios da Opep+ e relatório do DoE

15 jul 2020 - 16h12
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Os contratos futuros de petróleo oscilaram durante parte da sessão, com investidores à espera das decisões da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). Como previsto, o grupo de nações confirmou nesta quarta-feira, 15, que haverá um relaxamento no acordo para corte na produção da commodity, mas ele também destacou que a demanda tem se recuperado, conforme muitos países retomam gradualmente a atividade econômica. Além disso, investidores monitoraram o relatório semanal de estoques nos Estados Unidos, do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês).

O petróleo WTI para agosto fechou em alta de 2,26% (US$ 0,91), a US$ 41,20 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Segundo a agência Dow Jones Newswires, o WTI atingiu o nível de fechamento mais alto desde 6 de março, para o contrato mais líquido. O Brent para setembro subiu 2,07% (US$ 0,89), a US$ 43,79 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

No início do dia, os contratos já oscilavam ao sabor das notícias sobre a Opep+, antes de reunião virtual do grupo. Com relatos de que a Arábia Saudita e a Rússia apoiavam mais cortes, os preços ampliaram altas. Ainda pela manhã, chegaram a inverter o sinal, para voltar a subir pouco depois.

Nos EUA, o DoE informou que os estoques de petróleo do país recuaram 7,493 milhões de barris na semana encerrada no dia 10, bem mais do que a previsão dos analistas, de queda de 1,3 milhão de barris, enquanto a produção média diária se manteve. O dado, porém, não mexeu com os contratos, que seguiram em altas superiores a 1%.

Pouco depois, a Opep+ anunciou que houve acordo para relaxar os cortes a partir de agosto, conforme a demanda reage. O corte até então de 9,7 milhões de barris por dia (bpd) na produção diminuiria em princípio para 7,7 milhões (bpd), mas autoridades presentes na entrevista coletiva comentaram que o nível deve ficar acima disso, em "8,1 ou 8,2 milhões" de bpd, ou mesmo um pouco acima.

Em junho, o nível de cumprimento do acordo ficou em 107%, graças em parte a uma redução extra da produção de alguns países, entre eles a Arábia Saudita, e a Opep+ ressaltou na coletiva que nada fora do previsto anteriormente havia sido confirmado hoje.

Ainda antes do anúncio da Opep+, o Commerzbank já havia destacado o fato de que a Opep sozinha previa uma demanda bem mais alta pelo petróleo adiante. O banco comentou também, em relatório, que relatos sobre a possibilidade de uma vacina em breve para a covid-19 ajudavam a apoiar os contratos, no quadro atual.

Estadão
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