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Petróleo fecha em alta, de olho em tensões com Irã e produção dos EUA e Rússia

9 jul 2019 - 16h35
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Os contratos futuros de petróleo chegaram ao fim da sessão desta terça-feira em alta moderada, após oscilarem em margens estreitas perto da estabilidade durante todo o dia. Os agentes estão atentos a questões envolvendo a demanda global por petróleo e, ainda, observam números referentes à produção de óleo cru nos Estados Unidos e na Rússia.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato para entrega em agosto do petróleo WTI fechou em alta de 0,29%, cotado a US$ 57,83 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para setembro subiu apenas 0,08%, para US$ 61,16.

Os preços do petróleo têm sido negociados, nos últimos dias, em uma faixa estreita à medida que os investidores colocam na balança preocupações com o crescimento da economia mundial, o declínio da produção de petróleo e as tensões geopolíticas. As crescentes tensões entre os EUA e o Irã ajudaram a sustentar os mercados de petróleo. Nesta semana, o Irã começou a enriquecer urânio acima dos limites estabelecidos no acordo nuclear internacional de 2015 e advertiu que tomaria novas medidas se as sanções econômicas dos EUA permanecerem sobre a mesa. "Está claro que o risco relacionado ao Irã ainda existe", disse o analista sênior Phil Flynn, do Futures Group.

Ataques a petroleiros ao redor do Estreito de Ormuz neste ano levantaram preocupações quanto a interrupções no suprimento global de petróleo bruto. "As ações do Irã elevaram novamente o nível de risco dos petroleiros estrangeiros que viajam pelo Estreito de Ormuz, aumentando os custos de seguro e fazendo com que alguns carregadores evitassem a área", comentou o analista sênior de commodities da Schneider Electric, Robbie Fraser.

Os agentes se atentaram, ainda, à produção de petróleo da Rússia, que caiu ao menor nível em quase três anos neste mês, de acordo com a agência de notícias Reuters. Fontes da indústria petrolífera russa apontaram que a produção de óleo cru do país foi de 10,79 milhões de barris por dia no início de julho. Já nos EUA, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) divulgou relatório que apontou a produção de US$ 12,3 milhões de barris diários de petróleo em média em 2019, o que indica um aumento de 0,3% em relação ao estimado em junho.

Estadão
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