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Petróleo fecha em alta com maior apetite ao risco

4 set 2019 - 17h31
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Os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão desta quarta-feira em alta, em meio à melhora da percepção de risco nos mercados internacionais. A expansão do setor de serviços da China e a sanção americana a uma rede de navegação supostamente ligada ao Irã também ajudaram a fortalecer a cotação da commodity.

O petróleo WTI para outubro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em alta de 4,30%, em US$ 56,26 o barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para novembro encerrou em avanço de 4,19%, a US$ 60,70 o barril, retomando o nível dos US$ 60.

Uma relativa maior estabilidade política renovou parcialmente o apetite por risco nos mercados internacionais, o que favoreceu os contratos de petróleo. O bom humor é gerado pela amenização das crises políticas na Itália e em Hong Kong, bem como pelo enfraquecimento da proposta de um Brexit sem acordo, após sucessivas derrotas do primeiro-ministro Boris Johnson.

A força dos contratos foi acelerada, ainda, pela expansão do setor de serviços da China de 50,9 em julho para 51,6 em agosto, apesar da guerra comercial, o que reforça expectativas de manutenção da demanda pela commodity energética.

Pelo lado da oferta, as cotações foram fortalecidas pela sanção do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos a uma rede de navegação que, segundo o órgão, estaria vendendo petróleo iraniano e financiando a Guarda Revolucionária Islâmica.

"O regime iraniano está alavancando uma organização terrorista como principal canal para ofuscar a venda de centenas de milhões de dólares em petróleo ilícito para alimentar sua agenda nefasta", disse a instituição.

O mercado aguarda a divulgação, no fim da tarde, da prévia dos estoques de petróleo em solo americano pelo American Petroleum Institute (API). Os números oficiais serão apresentados quinta-feira pelo Departamento de Energia (DoE).

"O retorno do otimismo dos investidores e a expectativa de uma queda ainda maior dos estoques de petróleo nos EUA - com o mercado prevendo uma redução adicional de mais de três milhões de barris - fortalecem os preços", disseram analistas do Commerzbank, em relatório divulgado a clientes.

Estadão
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