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Petróleo fecha em alta com EUA-China e elevação de preço pela Arábia Saudita

8 mai 2020 - 17h05
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Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta sexta-feira, 8, mesmo diante do resultado do relatório de empregos dos Estados Unidos (payroll), mostrando perda de postos de trabalho na casa dos 20 milhões. O mercado focou no telefonema entre Estados Unidos e China para a retomada de negociações comerciais, na expectativa de reabertura econômica e na mudança de atitude da Arábia Saudita, que elevou preços e assim sinalizou o fim da guerra de preços no mercado.

O petróleo WTI para julho fechou em alta de 5,39%, a US$ 26,17 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), com forte ganho de 32,3% na comparação com a semana anterior. O Brent para julho registrou menor alta, de 0,87%, a US$ 30,97 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), com avanço semanal de 17,1%.

Os contratos futuros operavam em alta desde a madrugada, revertendo o movimento de queda de ontem, em reação a sinais de alívio nas recentes tensões comerciais entre EUA e China em meio à pandemia de coronavírus. Negociadores comerciais das duas maiores economias do mundo conversaram por telefone nesta sexta, prometendo criar condições favoráveis para o cumprimento da fase 1 do acordo comercial bilateral, segundo a agência de notícias estatal chinesa Xinhua.

Mais tarde, o diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Larry Kudlow, descreveu como "construtivas" as reuniões que representantes do governo americano tiveram com Liu He, vice-premiê da China, na manhã desta sexta-feira (horário de Brasília)

Além disso, a Arábia Saudita surpreendeu o mercado ao sinalizar o fim da guerra de preços com Moscou. Em relatório enviado a cliente, o Commerzbank afirmou que "os preços do (petróleo tipo) Arab Light foram aumentados em quase US$ 7 por barril para os clientes europeus. Isso deve ser visto como um ramo de oliveira na guerra de preços com a Rússia."

O banco alemão também avalia que a Arábia Saudita usou uma política de preços altamente agressiva, com liquidações que conseguiram conquistar alguns dos parceiros comerciais tradicionais da Rússia, como a Bielorrússia.

"A Rússia aprendeu claramente uma lição disso e já reduziu consideravelmente sua produção de petróleo no início de maio", sinaliza o banco alemão, alertando no entanto que a reação dos investidores à notícia pode ser excessivamente positiva. "A demanda por energia será mais difícil de recuperar do que muitos agentes do mercado parecem entender agora", comenta o banco, considerando os impactos da covid-19 nos mercados.

Estadão
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