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Petróleo fecha em alta após quatro quedas consecutivas

1 nov 2019 - 16h49
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Depois de quatro quedas consecutivas, os contratos futuros de petróleo fecharam em território positivo nesta sexta-feira, 1º de novembro. O dia foi de apetite ao risco nos mercados internacionais, com geração de empregos em outubro nos Estados Unidos acima do esperado, avanços nas negociações entre americanos e chineses e dado positivo do setor industrial da China.

O petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 3,73%, a US$ 56,20 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para janeiro teve alta de 3,47%, a US$ 61,69 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na comparação semanal, o contrato do WTI caiu 0,81% e o do Brent recuou 0,53%.

O otimismo no exterior ganhou força com a divulgação do relatório de empregos americano, conhecido como "payroll". Em outubro, os EUA criaram 128 mil empregos, segundo dados com ajustes sazonais divulgados pelo Departamento do Trabalho. O resultado veio bem acima da mediana da previsão de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de geração de 75 mil vagas.

Já no início da tarde, o Ministério do Comércio da China (MofCom, na sigla em inglês) afirmou que o país asiático e os Estados Unidos "conduziram discussões sérias e construtivas" e "chegaram a um consenso sobre princípios". Antes, o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, haviam conversado por telefone com o vice-primeiro-ministro chinês Liu He.

Também foi considerada positiva a divulgação do índice ISM de atividade industrial, que subiu de 47,8 em setembro para 48,3 em outubro. Apesar de o resultado ter ficado aquém das projeções, o comportamento de alguns de seus componentes surpreendeu, como o número de novas encomendas, que avançou 1,8% em outubro ante setembro.

Na China, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial subiu de 51,4 em setembro para 51,7 em outubro maior leitura desde fevereiro de 2017, o que já havia apoiado o apetite ao risco desde cedo.

Além disso, a Baker Hughes informou no início da tarde que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos Estados Unidos recuou 5 na última semana, a 691 - quedas na oferta tendem a fortalecer as cotações.

O Commerzbank destaca, no entanto, que a produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) subiu 690 mil barris em outubro, para 29,6 milhões de barris, segundo dados da Reuters. "O que destaca a necessidade de redução da produção", afirma o banco em relatório a clientes.

Estadão
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