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Petróleo fecha em alta após Opep mostrar cumprimento de acordo

12 fev 2019 - 17h58
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O petróleo fechou em alta o pregão desta terça-feira, 12, após o relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) confirmar que o cartel está de acordo com o pacto de corte da produção firmado em dezembro. Os ganhos foram limitados, no entanto, depois que o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) americano anunciou ter elevado a estimativa de produção no país para 2019.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em março fechou em alta de 1,32%, para US$ 53,10 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para abril avançou 1,48%, a US$ 62,42.

Em relatório mensal, a Opep informou que a produção de seus integrantes caiu 797 mil barris por dia (bpd) em janeiro, para uma média de 30,81 milhões de bpd. O recuo foi liderado pela Arábia Saudita, cuja oferta diminuiu 350 mil bpd no mês passado, a 10,21 milhões de bpd.

Com a redução na oferta, o nível de produção do cartel agora está 952 mil bpd abaixo do nível de outubro de 2018. No pacto firmado entre a Opep e seus aliados no início de dezembro, o grupo se comprometeu a cortar 800 mil bpd em relação àquele mês do ano passado, enquanto os outros produtores reduziriam a oferta em 400 mil bpd - num total de 1,2 milhão de bpd a menos em relação a outubro de 2018.

"Os dados de produção de janeiro mostraram que a Opep está mais do que cumprindo os cortes de produção anunciados, o que provavelmente explica a relativa resiliência dos preços do petróleo nas últimas semanas", analisa a economista-chefe de commodities da Capital Economics, Caroline Bain. "No entanto", acrescenta, "acreditamos que a demanda mundial mais fraca por petróleo levará ao excesso de oferta no final do ano e a preços mais baixos". O cartel cortou a projeção para a demanda global por petróleo este ano.

Ao mesmo tempo, a Opep espera que a oferta de petróleo seja impulsionada por produtores não associados ao cartel, como os Estados Unidos. Também hoje, em seu relatório de perspectivas de curto prazo, o DoE elevou a projeção de produção média no país de 12,1 milhões de bpd para 12,4 milhões de bpd em 2019. Já em 2020, ela será de 13,2 milhões de bpd. Apenas em janeiro, a produção média em solo americano avançou 90 mil bpd em relação ao mês anterior, para 12,0 milhões de bpd.

Desde o início de janeiro, quando entraram em vigor os cortes na produção da Opep+, que têm validade durante o primeiro semestre de 2019 e podem ser renovados se assim decidir o grupo em sua reunião de abril, os preços do petróleo acumularam fortes ganhos. Desde o início de janeiro, o preço do WTI subiu 16,9%, enquanto o Brent avançou 16,0%.

Estadão
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