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Petróleo fecha em alta, apesar de crescimento dos estoques nos EUA

15 nov 2018 - 19h50
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Os contratos futuros de petróleo mantiveram o ritmo de alta nesta quinta-feira, 15, mas fecharam longe das máximas intraday, após o relatório semanal do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA indicar um aumento nos estoques acima do esperado pela oitava semana consecutiva, mas queda nos estoques de derivados. A produção, entretanto, bateu novo recorde.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em dezembro fechou em alta de 0,37%, para US$ 56,46 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para janeiro subiu 0,76%, para US$ 66,62.

Em seu relatório, o DoE apontou para aumento de 10,3 milhões de barris nos estoques de petróleo dos EUA na semana encerrada em 9 de novembro, atingindo 442 milhões de barris - maior nível desde dezembro de 2017. A previsão de analistas ouvidos pela Dow Jones Newswires era de alta de 2,2 milhões. O levantamento, entretanto, também indica uma queda nos estoques de derivados, como gasolina.

Nesse contexto, a Líbia também segue no radar dos investidores. De acordo com o diretor da estatal National Oil, a produção de petróleo na Líbia saltou para 1,28 milhão de barris por dia (bpd).

O volume representa mais do que o dobro do nível de produção informado em junho, quando alguns portos do país africano tiveram a produção suspensa por força maior, diante da invasão de terminais por uma facção armada conhecida como Exército Nacional da Líbia.

Em relatório sobre o mercado de petróleo e gás, o Barclays Capital destaca que desde o início do trimestre os preços do petróleo caíram 20%, enquanto os do gás aumentaram mais de 50%. Diversos fatores estruturais e pontuais contribuíram para essa expressiva mudança, o que fez os analistas Michael Cohen e Samuel Phillips revisarem suas estimativas.

Embora a projeção do Barclays para os preços continue em tendência de baixa (bearish) se comparado ao nível de US$ 85 por barril, registrado no início do trimestre, o time de analistas do banco acredita que os preços têm surpreendido.

Nesse contexto, Cohen e Phillips agora projetam para o quarto trimestre o Brent em US$ 75 por barril. Para o WTI, a estimativa foi revisada de US$ 68 para US$ 66. "Mantemos nossas projeções para 2019 em US$ 72/barril e continuamos a ver um viés de alta para o próximo ano", concluem os analistas. (Com Dow Jones Newswire)

Estadão
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