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Petróleo é apoiado por Arábia Saudita e fecha em forte alta

9 jan 2019 - 18h26
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Os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão desta quarta-feira, 9, com ganhos expressivos, apoiados pelo anúncio da Arábia Saudita de corte nas exportações de óleo bruto, enquanto os investidores deixaram de lado o relatório "bearish" do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE, na sigla em inglês).

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em fevereiro fechou em alta de 5,18%, para US$ 52,36 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para março subiu 4,63%, para US$ 61,44.

O caráter positivo das negociações comerciais entre EUA e China gerou otimismo nos mercados e amenizou preocupações dos agentes com a oferta de petróleo. De acordo com o DoE, os estoques de petróleo bruto caíram menos do que o esperado pelo mercado, enquanto as reservas de gasolina e de destilados aumentaram muito acima do previsto por analistas. A produção média diária de óleo, contudo, ficou estável em 11,7 milhões de barris.

Durante a tarde, porém, a Arábia Saudita dominou as atenções no mercado de petróleo. O ministro de Energia do país, Khalid al-Falih, disse estar comprometido em "estabilizar" o mercado e anunciou que os sauditas planejam cortar as exportações de óleo cru para 7,2 milhões de barris por dia (bpd) em janeiro e para 7,1 milhões de bpd em fevereiro. "Estamos na vanguarda de demonstrar nossa liderança para equilibrar o mercado. Isso não visa, como alguns relataram nos últimos dias, de forma alguma, um preço específico. Isso é garantir que os estoques fiquem perto de onde eles precisam estar se continuarmos a monitorar o valor por meio de mecanismos que temos", disse Falih a repórteres em Riad.

Além disso, o ministro saudita afirmou que a oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de ações da estatal Saudi Aramco deve ficar para 2021, o que elevou os preços do petróleo nos mercados internacionais. Na esteira dos comentários de Falih, os contratos futuros de petróleo passaram a subir mais de 4% tanto em Londres quanto em Nova York.

Estadão
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