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Petróleo despenca 7% após Trump anunciar novas tarifas para a China

1 ago 2019 - 17h10
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Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte queda nesta quinta-feira, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar a imposição de tarifa de 10% sobre US$ 300 bilhões em produtos importados da China.

O petróleo WTI para entrega em setembro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), recuou 7,90%, a US$ 53,95 o barril. Já o petróleo Brent para outubro, na Intercontinental Exchange (ICE), fechou com perda de 6,40%, a US$ 60,50 o barril.

Na tarde desta quinta-feira, Trump, por meio do Twitter, anunciou que, a partir de 1º de setembro, imporá tarifa de 10% sobre US$ 300 bilhões em produtos da China que ainda não haviam sido alvo de ação similar dos americanos. A notícia vem após o retorno da comitiva americana que foi ao país asiático para negociações comerciais. "Nós pensamos que faríamos um acordo com a China há três meses, mas, infelizmente, a China decidiu renegociar o acordo antes de assiná-lo", criticou o líder da Casa Branca, em sua rede social.

A declaração levou ativos de risco, como o petróleo, a registrarem sucessivas perdas, já que o clima de cautela voltou a se sobressair nos mercados internacionais. A commodity energética, contudo, já vinha perdendo valor desde o início de pregão, reagindo à decisão de quarta-feira de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

Apesar do corte de 25 pontos-base nos juros dos EUA - o que já era esperado pelo mercado -, o presidente da autoridade monetária americana, Jerome Powell, sinalizou que o relaxamento não significa o início de uma série de cortes nos juros, o que era esperado por investidores. O petróleo já vinha pressionado pelo dólar forte, com o Fed se mostrando menos "dovish" do que o esperado, o que torna commodities mais caras para detentores de outras divisas.

Estadão
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