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Petróleo cai com aumento na produção mundial e à espera por estoques dos EUA

28 ago 2018 - 17h12
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Os preços do petróleo fecharam em queda nesta terça-feira, 28, à medida que investidores monitoram dados sobre o avanço na produção mundial do óleo e aguardam os dados dos estoques da commodity nos Estados Unidos, cuja previsão é de alta, e com o comércio global ainda em foco.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em outubro fechou em queda de 0,49%, a US$ 68,53 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para o mesmo mês recuou 0,34%, para US$ 75,95.

Especialistas do Commerzbank destacam em relatório que "os principais exportadores de petróleo estão ajudando a reduzir os excessos especulativos aumentando a produção".

De acordo com informações da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), a produção do grupo e de seus parceiros, incluindo a Rússia, cumpriu em 109% o acordo de corte feito no final de 2016, o que indica um avanço na oferta na comparação com junho (120%) e maio (147%).

"A Venezuela, sem dúvida, ainda é a principal responsável pelo excesso de cumprimento do acordo, já que a produção vem caindo há meses por causa da crise econômica", avaliam os analistas do banco alemão.

Ainda em meio a questões sobre a oferta, investidores aguardam a divulgação das estimativas dos estoques de petróleo em solo americano no fim da tarde desta terça na leitura do American Petroleum Institute (API). Analistas consultados pela Trading Economics preveem um aumento de 610 mil barris no volume da commodity bruta estocado no país na última semana.

As exportações de petróleo do Irã, no entanto, estão caindo mais rápido do que se esperava diante das sanções impostas por Washington ao país persa.

Funcionários da estatal National Iranian Oil esperam que os embarques da commodity bruta reduzam a um terço em setembro, a 1,5 milhão de barris por dia. Em junho, o volume exportado foi de 2,3 milhões.

No âmbito comercial, o entendimento entre os EUA e o México chegou a ajudar os preços do petróleo, mas pode representar um fator instável para o mercado. As regras ainda não divulgadas relacionadas ao setor de energia, considerado "um componente crítico" do acordo de comércio, poderiam "abalar o crescente negócio de exportação de produtos refinados dos EUA em direção ao sul da fronteira", apontam analistas da TAC Energy. (Com informações da Dow Jones Newswires)

Estadão
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