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Petróleo cai após alta dos estoques nos EUA e dúvidas sobre comércio global

6 nov 2019 - 19h31
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Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta quarta-feira, 6, depois de três sessões de altas. A commodity se firmou no território negativo após a divulgação do forte avanço nos estoques do óleo nos Estados Unidos na última semana. Além disso, pesou nos negócios a notícia de um possível adiamento para dezembro do encontro entre o presidente americano, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, para assinatura de um acordo provisório para a guerra comercial.

O petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 0,12%, a US$ 56,35 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para janeiro teve queda de 1,93%, a US$ 61,74 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

A commodity perdeu fôlego logo após a divulgação do relatório semanal de estoques do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA, que mostrou alta de 7,929 milhões de barris na última semana. O avanço superou a previsão de analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, de 1,4 milhão.

No mesmo período, os estoques americanos de gasolina recuaram 2,828 milhões de barris, enquanto a previsão era de queda menor, de 1,7 milhão. Os estoques de destilados caíram 622 mil barris, a 119,132 milhões de barris, e os estoques de petróleo em Cushing subiram 1,714 milhão de barris, para 47,745 milhões de barris. A taxa de utilização das refinarias caiu para 86,0%, enquanto a expectativa era de alta a 88,5%.

Outro assunto que contribuiu para a queda dos contratos futuros de petróleo foi notícia da Reuters informando que a reunião entre Trump e Xi para a assinatura da "fase 1" do um acordo comercial pode ser adiada para dezembro. O encontro aconteceria em Londres, durante a cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

O entendimento entre EUA e China é esperado por investidores de petróleo, na medida em que o conflito tarifário tende a pressionar a demanda pela commodity energética.

De acordo com analistas do ING Economics, a oferta de petróleo deve crescer em 2020, o que pode pressionar as cotações. "Tal cenário só mudaria se a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) concordassem em aprofundar os cortes na produção, na reunião do início de dezembro", diz a instituição, em relatório divulgado a clientes.

Estadão
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