PUBLICIDADE

Petróleo Brent fecha em alta, com otimismo sobre negociações comerciais EUA-China

18 fev 2019 - 16h22
Compartilhar
Exibir comentários

Os contratos futuros de petróleo avançaram nesta segunda-feira, 18, em um pregão marcado pela baixa liquidez devido ao feriado do Dia do Presidente nos Estados Unidos. Os leves ganhos da commodity se deram, novamente, por meio do otimismo dos agentes com as negociações comerciais sino-americanas, após novos comentários positivos do presidente Donald Trump.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do petróleo tipo Brent para entrega em abril fechou em alta de 0,38%, para US$ 66,50. Já no pregão eletrônico da New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para o mesmo mês subia 0,86%, para US$ 56,46 por barril, no início da tarde.

Os preços do petróleo mantiveram o avanço visto na última semana, próximos do maior nível em três meses. Os contratos estão "encontrando o vento de cauda do sentimento do mercado geralmente positivo associado ao otimismo sobre a continuação das negociações comerciais entre os EUA e a China", disseram analistas do Commerzbank em relatório enviado a clientes.

Além disso, os preços do óleo foram apoiados pelos cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), direcionados, principalmente, pela Arábia Saudita.

Como resultado, "a balança anual de petróleo parece mais apertada neste mês do que em janeiro", comentou o economista Tamas Varga, da corretora PVM Oil Associates. "Acrescente-se que a Arábia Saudita se ofereceu para cortar a produção ainda mais a partir de março e, de repente, um déficit de oferta global se tornou uma realidade", disse Varga.

O Société Générale, contudo, não acredita que a alta recente dos preços do petróleo seja sustentável. "Olhando para a situação atual, é impressionante que, apesar das preocupações com a saúde da economia global e algumas projeções de leve recessão nos EUA em 2020, os mercados de petróleo ainda estejam predominantemente focados na oferta, em vez de questões de demanda", aponta o economista Michael Haigh.

Para o banco francês, se o crescimento "desacelerar substancialmente", os preços do barril de óleo cru podem cair em torno de US$ 15.

Estadão
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade