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Petróleo atinge maior nível desde outubro com decisão de Trump

22 abr 2019 - 17h20
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Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta expressiva nesta segunda-feira, 22, apoiados pela decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar a isenção dada a países compradores de óleo iraniano, vítima de sanções por parte de Washington.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do petróleo tipo Brent para entrega em junho fechou em alta de 2,88%, para US$ 74,04, maior patamar desde 31 de outubro. Já na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para o mesmo mês avançou 2,31%, para US$ 65,55 por barril, no maior nível desde 30 de outubro. O contrato do WTI para entrega em maio, que venceu nesta segunda-feira, subiu 2,66%, para US$ 65,70 por barril.

Desde a madrugada, os preços do petróleo operaram com fortes ganhos em meio a informações de que o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, anunciaria que os EUA retirariam a isenção dada a países que compram petróleo iraniano. A isenção havia sido dada no fim do ano passado para que as nações tivessem tempo de encontrar fontes alternativas de importação de petróleo. A medida chamou atenção dos chineses, que criticaram a decisão de Washington, mesmo antes de o comunicado oficial ser divulgado. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, disse que os acordos do país asiático com o Irã são "legítimos e razoáveis, o que, portanto, merece respeito".

Em coletiva de imprensa, Pompeo confirmou o fim da isenção concedida aos países que importam petróleo iraniano e afirmou que a medida será aplicada a partir do dia 2 de maio. Após o anúncio formal, Trump foi ao Twitter afirmar que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) irá "mais do que compensar" a diferença no fluxo de petróleo mundial consequente da retirada da isenção. A Opep, por sua vez, ainda não se manifestou sobre o assunto.

Para a analista Shin Kim, da S&P Global Platts, a decisão leva o mercado de petróleo para um território mais apertado pelo resto do ano. "A retirada das isenções quase esgotam a capacidade ociosa do mercado de petróleo em um momento em que os riscos para a produção são altos", disse, em relatório. (Com informações da Dow Jones Newswires)

Estadão
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