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Petrobras remarca oferta de campos; Seacrest e Perengo estão entre interessadas, dizem fontes

5 jul 2019 - 13h39
(atualizado às 14h18)
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A Petrobras deve realizar uma nova rodada de ofertas finais para venda dos polos Enchova e Pampo, na Bacia de Campos, em 8 de julho, disseram quatro fontes à Reuters, após a estatal anular uma rodada anterior do leilão.

REUTERS/Sergio Moraes
REUTERS/Sergio Moraes
Foto: Reuters

Dentre os possíveis interessados nos ativos estão a Trident Energy, apoiada pela empresa de capital privado Warburg Pincus, e um grupo composto pela petroleira independente brasileira Ouro Preto Óleo e Gás, pela inglesa Seacrest Capital e pela anglo-francesa Perenco, disseram as fontes.

O sucesso na venda dos polos ajudaria a Petrobras em seu esforço para reduzir sua dívida, uma das principais metas do presidente da companhia, Roberto Castello Branco. No entanto, a natureza prolongada do processo de venda ressaltou o que potenciais compradores caracterizam como um processo de desinvestimento burocrático e complexo.

A petroleira Petro Rio também está concorrendo, acrescentaram as fontes, que pediram anonimato para discutir temas confidenciais.

O processo teve início em meados de 2018, quando a Petrobras começou conversas exclusivas para vender o ativo para um consórcio composto pela Ouro Preto Óleo e Gás e pela empresa de capital privado EIG Global Energy Partners.

Em dezembro, a Petrobras abriu uma rodada final de relicitação, como exigido pela legislação federal, na qual as partes concorrentes poderiam elevar ou rebaixar suas ofertas desde que mantivessem os mesmos termos contratuais como acordados nas negociações bilaterais.

O grupo Ouro Preto aproveitou aquela oportunidade para rebaixar sua oferta, provocando a Petrobras a abandonar as negociações. A Petrobras então deu início a negociações bilaterais com a Trident.

Em junho, a Petrobras abriu uma segunda rodada de ofertas após concordar com os termos junto a Trident, publicou a Reuters, e recebeu ofertas que superavam 1 bilhão de dólares em valor. Naquele momento, a Ouro Preto apresentou a maior oferta em um consórcio reorganizado. Perenco e Seacrest se uniram ao novo grupo e a EIG saiu, disseram as fontes.

No entanto, o grupo Trident desafiou a oferta da Ouro Preto, argumentando que a mudança no consórcio -- com a Perenco assumindo uma fatia -- violava as regras da licitação, disseram as fontes.

A Petrobras então anulou os resultados da rodada e estabeleceu uma nova data para a rodada de oferta, dizendo publicamente que estava esclarecendo as regras da licitação para as partes envolvidas.

O grupo Ouro Preto discordou veementemente com a decisão da Petrobras, acreditando que sua oferta seguiu as regras, disseram três das fontes. A oferta foi aceita pela Petrobras antes do processo ser cancelado, acrescentaram as fontes.

Ambas as partes estão considerando participar da nova rodada licitatória, de acordo com as fontes.

Pampo e Enchova produziram quase 39 mil barris equivalentes de petróleo por dia, segundo números de julho de 2018, o maior ativo de produção madura do portfólio de desinvestimentos da Petrobras.

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