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Petrobras eleva diesel em 4% para mais de R$2/litro na refinaria; gasolina sobe 5%

28 dez 2020 - 12h35
(atualizado às 13h18)
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A Petrobras elevará em 4% o preço médio do diesel em suas refinarias e em 5% o da gasolina a partir de terça-feira, informou a companhia nesta segunda-feira, em meio a uma alta do petróleo nas últimas semanas e uma desvalorização do real frente ao dólar nas últimos dias.

Tanques da petroleira estatal Petrobras em Brasília
REUTERS/Ueslei Marcelino
Tanques da petroleira estatal Petrobras em Brasília REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

Com a alta de 4%, o preço médio do combustível mais vendido do Brasil passará a ser de 2,02 reais por litro. No acumulado do ano, a redução do valor é de 13,2%, segundo informou a Petrobras.

Já o preço médio da gasolina da Petrobras para as distribuidoras será de 1,84 real por litro, acumulando no ano redução de 4,1%.

Apesar da alta das cotações dos combustíveis da Petrobras na terça-feira, especialistas apontam a permanência de uma defasagem ante a paridade de importação.

"Faz cerca de três semanas que a Petrobras trabalha com defasagem de mais de 10 centavos em relação ao mercado internacional e segue bem próxima a esse nível mesmo com o ajuste de hoje", afirmou à Reuters o chefe da área de óleo e gás da consultoria INTL FCStone, Thadeu Silva.

"O ajuste atual foi menos da metade do necessário para termos paridade de importação", acrescentou ele, comentando que tem havido atrasos nos repasses da alta do petróleo para os combustíveis da Petrobras.

O presidente da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, também ressaltou a defasagem nos preços ante ao mercado externo e frisou que "as importações por agentes privados continuam inviabilizadas".

A Petrobras defende que seus preços seguem a chamada paridade de importação, impactada por fatores como as cotações internacionais do petróleo e o câmbio.

O repasse dos reajustes nas refinarias aos consumidores finais nos postos não é garantido, e depende de uma série de questões, como margem da distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de etanol anidro e biodiesel.

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