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PESQUISA-Preços do petróleo devem subir com sanções ao Irã atenuando guerra comercial

28 set 2018 - 14h22
(atualizado às 14h43)
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Os preços do petróleo devem subir continuamente no ano que vem, já que as preocupações com as ofertas do Irã e da Venezuela superam qualquer receio de que as disputas comerciais mundiais possam minar a demanda, mostrou uma pesquisa da Reuters nesta sexta-feira.

Máquina de extração de petróleo em Midland, Estados Unidos
22/08/2018 REUTERS/Nick Oxford
Máquina de extração de petróleo em Midland, Estados Unidos 22/08/2018 REUTERS/Nick Oxford
Foto: Reuters

Uma pesquisa com 50 economistas e analistas previu que o Brent alcançaria uma média de 73,48 dólares por barril em 2018, acima da previsão de 72,71 dólares em agosto e da média de 72,68 dólares até agora neste ano. Para 2019, a previsão é de 73,75 dólares.

Essas são as maiores projeções para o benchmark em 2018 e 2019 nas pesquisas deste ano.

"As preocupações sobre as disputas comerciais globais ainda não afetaram realmente o crescimento econômico, mas as sanções ao Irã já tiveram um impacto sobre as exportações e a produção do país", disse Frank Schallenberger, chefe de pesquisa de commodities do LBBW.

"Se um destino de exportação como a Coreia do Sul não estiver mais disposto a comprar petróleo iraniano, há uma alta probabilidade de que a produção do Irã caia de 500 mil a 1 milhão de barris por dia (bpd). Isso é realmente uma má notícia para o lado da oferta --e especialmente consumidores--, com os preços podendo subir ainda mais."

As exportações iranianas de petróleo e condensados caíram 800 mil barris por dia de abril a setembro, segundo o Instituto de Finanças Internacionais, antes das sanções dos EUA ao terceiro maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo entrarem em vigor em novembro.

Os preços do Brent subiram mais de 20 por cento desde o início de abril.

Os analistas esperam uma redução de entre 500 mil e 1,5 milhão de barris por dia no fornecimento iraniano devido às sanções, com a maioria esperando que a Arábia Saudita assuma a liderança no preenchimento de quaisquer lacunas de fornecimento.

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