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Peso argentino sobe nesta sexta e fecha semana no azul com atuação de política monetária

5 out 2018 - 17h34
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O peso argentino subiu nesta sexta-feira devido às vendas privadas de dólares em função do diferencial de curto prazo representado pelas taxas domésticas, no âmbito de um novo programa monetário destinado a conter a galopante inflação.

O peso fechou em alta de 1,32 por cento nesta sexta-feira, a 37,90 por dólar, terminando a semana com um crescimento de 8,97 por cento.

O banco central argentino implementou, desde segunda-feira, um sistema de controle da base monetária e uma faixa flutuante para o peso, entre outras medidas.

A autoridade monetária vendeu 104,831 bilhões de pesos (2,77 bilhões de dólares) em títulos de sete dias, chamados de "Leliq", com um rendimento médio de 73,314 por cento ao ano.

Enquanto as altas taxas para as Leliq acalmaram a volatilidade cambial, economistas externaram preocupação sobre a sustentabilidade da estratégia no longo prazo.

A autoridade monetária do país disse que vai manter a taxa de juros acima dos 60 por cento até dezembro em uma aposta para combater a crescente alta de preços na economia. A expectativa é que a inflação fique acima dos 44 por cento em 2018, de acordo com a pesquisa mais recente do BC argentino.

Os ganhos desta semana vieram após a revisão de um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), anunciado semana passada, para aumentar a linha de crédito ao país para 57 bilhões de dólares, ante 50 bilhões de dólares anteriormente.

Recorrer ao FMI foi um passo sensível politicamente para o presidente argentino, Mauricio Macri, que concorrerá à reeleição no próximo ano. Vários eleitores culpam o FMI pela crise econômica do país em 2002, que jogou milhões de argentinos da classe média na pobreza. Com a taxa de juros alta sufocando o crédito, a expectativa é que a economia continue em retração em 2019.

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve, banco central norte-americano, sinalizou suporte para aumentos da taxa de juros graduais que podem, provavelmente, redirecionar investimentos que estavam na Argentina e outros mercados frágeis de países emergentes. O peso perdeu cerca de metade de seu valor contra o dólar em 2018.

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