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Perspectiva de estímulos por BCS anima Ibovespa na abertura

9 set 2019 - 11h16
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A melhora de humor no exterior nesta segunda-feira, 9, abrange também o Ibovespa, que na sexta-feira fechou em alta de 0,68%, aos 102.935,43 pontos. A expectativa de que a China terá de adotar ainda mais medidas de estímulos para impulsionar sua economia traz alento aos negócios internacionais, após o resultado desfavorável da balança comercial chinesa no oitavo mês do ano.

As principais commodities reagem em alta, bem como as bolsas de Nova York. A estimativa de estímulos monetários em Pequim também alimenta a perspectiva de que outros bancos centrais também poderão agir no intuito de limitar arrefecimento econômico mundial pronunciado, em meio ao impasse comercial entre Estados Unidos e China. Porém, as incertezas relacionais ao processo de saída do Reino Unido da União Europeia, estão no radar dos investidores, com os mercados acionários europeus já apresentando sinais mistos.

Num sinal claro de reflexo da disputa comercial, o superávit comercial chinês decepcionou, ao mostrar queda de 1% nas exportações e recuo de 5,6% nas importações em agosto ante igual mês de 2018. Às 9h48, o Ibovespa futuro subia 0,36%, aos 103.945 pontos.

Na sexta, como lembra Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença DTVM, o banco central chinês anunciou cortes adicionais nos compulsórios bancários, que deverão liberar cerca de 900 bilhões de yuans (US$ 126 bilhões) para novos empréstimos. "Isso já repercutiu e a possibilidade de novas medidas estimula os negócios. O minério subiu mais de 4% no mercado chinês e o petróleo, avança", cita.

Investidores também esperam que outros grandes bancos centrais - como BCE e o Federal Reserve (Fed, o BC americano) - relaxem ainda mais suas políticas monetárias, uma vez que indicadores da zona do euro e dos EUA também vêm decepcionando. O BCE anuncia sua decisão de política monetária na quinta-feira.

Além da alta das ações da Vale (0,22%), por conta do minério, e da Petrobras (acima de 1,00%) em decorrência do petróleo, o tema privatização, conforme Monteiro, não deixa de ser positivo, mas no longo prazo.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a afirmar interesse em privatizar a companhia, mas disse que isso será mais para frente. "O Brexit também deve ficar no radar, à medida que não se tem uma solução", afirma Monteiro.

Às 10h44, o Ibovespa subia 0,41%, aos 103.356,27 pontos.

Nesta segunda-feira, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, afirmou que há possibilidade de que um acordo do Brexit com a União Europeia seja fechado até o 18 de outubro. O prazo final é 31 do mês que vem.

Estadão
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