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Para S&P, Brasil agora precisa acelerar PIB para melhora de rating

11 jul 2019 - 11h37
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Mesmo que se a reforma da Previdência seja confirmada, o Brasil ainda precisará acelerar o ritmo de crescimento da economia de forma consistente antes de ter a nota de crédito elevada, disse nesta quinta-feira uma analista da agência de classificação de risco S&P Global Ratings.

"Sem dúvida, a aprovação da reforma da previdência é um passo importante para desacelerar o crescimento da relação dívida/PIB, mas o Brasil segue com um nível de atividade  econômica inferior aos de países com o mesmo rating", disse à Reuters Livia Honsel, analista principal para Brasil da S&P, em entrevista por telefone.

A agência reafirmou a nota brasileira em BB-, com perspectiva estável, o que significa que o rating do país está três degraus abaixo do nível considerado de baixo risco, o chamado grau de investimento.

Além de ter uma expansão de PIB inferior ao da média dos países com a mesma nota, a S&P ainda revisou para baixo a estimativa de crescimento econômico do país em 2019, de 2,4% para 1%. Mesmo com o ritmo subindo para esperados 2,2% em 2020 e 2,5% nos dois anos seguintes, o país ainda seguirá abaixo da média, disse ela.

Segundo a executiva, a S&P vai esperar as demais votações do Congresso Nacional sobre o texto da reforma previdenciária, que foi aprovada na noite de quarta-feira em primeiro turno para calcular os efeitos fiscais da medida.

No entanto, Livia adiantou que, além da aceleração do PIB, a agência de risco também considerará outros fatores para análise da nota soberana do país, como a expectativa de voltar a produzir superávits primários e o aumento do volume de investimentos privados.

"A reforma da previdência desacelera o aumento da dívida, mas são necessários mais indicadores para dar segurança de que o país entrou num melhor cenário de sustentabilidade fiscal", afirmou ela.

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