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Para Frota, Guedes quer retomar economia prevista de R$ 1 trilhão

"Ele quer tentar e vamos com tudo", diz o Coordenador da bancada do PSL

14 jun 2019 - 20h46
(atualizado às 21h40)
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Coordenador da bancada do PSL na comissão especial que analisa a reforma da Previdência, o deputado Alexandre Frota (SP) se reuniu nesta sexta com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para discutir os destaques que o partido deverá apresentar ao relatório que foi apresentado na última quinta-feira, 13.

De acordo com Frota, Guedes quer retomar a economia prevista inicialmente de R$ 1 trilhão. "Ele quer tentar e vamos com tudo. Caso o contrário, é um remendo na velha Previdência", disse. O parecer do relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), prevê um impacto fiscal de R$ 913,4 bilhões em dez anos.

Frota afirmou que entregou três sugestões de destaques ao ministro, que garantiu passar o fim de semana examinando-os com sua equipe. O deputado, no entanto, não quis detalhar o conteúdo das mudanças que pretende apresentar. "Ele [Guedes] vai me dizer o que ele quer que eu destaque via PSL e o que for para incorporar no texto. O que foi feito foi bom, mas é o remendo na velha Previdência", disse.

O deputado reclamou ainda da falta de empenho do presidente Jair Bolsonaro em garantir a aprovação da reforma ao não estabelecer uma base de apoio maior no Congresso. "Os moderados estão conversando com a gente, a reforma não será mais desidratada. Mas Bolsonaro precisa agora entender que para governar precisa contar com os deputados, não é o Olavo de Carvalho que vota a Previdência, ele não é deputado", disse.

Na quinta-feira, Frota já havia reclamado que a economia prevista no novo texto não era satisfatória. "Eu esperava mais. Entregamos R$ 1,2 trilhão e ele tirou R$ 340 bilhões, porque R$ 50 bilhões é só de imposto. Se aceitar isso vamos condenar as novas gerações", disse.

Prazo. O prazo para o início dos debates em torno da reforma na comissão especial começou a ser contado nesta sexta com a realização de sessão de debates no plenário da Câmara. Na quinta-feira, após a apresentação do relatório, os integrantes da comissão pediram vista, o que, pelas regras regimentais, adia o início da discussão na comissão por duas sessões do plenário da Casa.

De acordo com a Agência Câmara, a abertura da sessão desta sexta-feira, 14, foi possível porque havia o quórum mínimo de 51 deputados na Casa, algo que não acontecia desde novembro de 2017 em uma sexta-feira. O caso foi comemorado por lideranças partidárias por acelerar o início dos debates sobre a reforma.

Estadão
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