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Para Federarroz, R$ 600 milhões para seguro rural é avanço tímido

6 jun 2018 - 13h49
(atualizado em 2/7/2018 às 15h09)
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São Paulo, 6/6 - O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles, criticou, em nota, o baixo volume de recursos destinados ao seguro agrícola no Plano Agrícola e Pecuário 2018/19, lançado na manhã desta quarta-feira, 6, pelo Ministério da Agricultura. Para ele, o valor anunciado de R$ 600 milhões é um "avanço muito tímido". "Mas tudo isso reflete o problema que o País vem enfrentando, de déficit fiscal, que acaba comprometendo o orçamento", reconheceu. O mesmo argumento foi usado por Dornelles em relação ao total de recursos e sua destinação, prioritariamente para custeio. Conforme anunciou nesta quarta o Ministério da Agricultura, será ofertado no ciclo 2018/19 um total de R$ 194,3 bilhões, sendo que 98% serão para custeio e investimento. Os juros de custeio abaixaram para 6% ao ano para os médios produtores e 7% ao ano para os restantes. Dornelles comentou que a redução dos juros tem fundamento. "De certa forma isso se justifica, pois são de apenas um ano os eventuais subsídios, com os juros menores do que os de investimentos, que são de cinco a dez anos e fica o governo muito tempo bancando", afirmou. Ele disse, ainda, que os demais programas de investimento tiveram diminuição de juros "quase insignificante". "Somente as taxas administrativas cobradas pelos bancos já correspondem a esta redução de 0,5%", justificou. Dornelles comemorou, além disso, a renegociação de dívidas para o setor arrozeiro, anunciada pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, com uma linha de crédito por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com 12 anos para pagar e três anos de carência. Segundo ele, as operações do BNDES exigirão garantias reais pelo prazo de pagamento. "O produtor deverá verificar as limitações que ele terá em relação a esta questão. Precisamos avaliar as garantias para podermos ter a dimensão do porcentual de produtores que serão atingidos por esta disponibilidade de crédito", disse.

Estadão
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