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Para analistas, Selic pode continuar a cair e terminar o ano em 4,5%

Parte dos economistas vê espaço para mais duas reduções de 0,5 ponto porcentual na taxa básica de juros até dezembro

18 set 2019 - 22h14
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Diante das justificativas do Banco Central para a queda da taxa básica de juros, parte dos analistas acredita que há espaço para mais dois cortes seguidos de 0,50 ponto porcentual na taxa Selic.

Para Rodolfo Margato, economista do Santander, ao mostrar um cenário benigno para as projeções de inflação para este ano e o próximo, o Comitê de Política Monetária (Copom) sinaliza a possibilidade de mais afrouxamento monetário. "Nossa leitura é de um comunicado 'dovish' (política expansionista, de estímulo à atividade econômica), especialmente por conta das projeções de inflação", explica. O Santander também reitera a expectativa de Selic estável em 4,5% ao longo de 2020.

A economista-chefe da Ourinvest Investimentos, Fernanda Consorte, disse que, apesar de não fazer projeções para taxa de juros, avalia ser perfeitamente factível a Selic encerrar ano entre 5% e 4,5%.

Para Fernanda, pesa também a favor da continuidade dos cortes da Selic o fato de o cenário de baixa atividade pelo qual passa a economia não possibilitar repasses da alta do dólar para os preços. O comunicado, diz, manteve praticamente os mesmos balanços de riscos vistos na ata da reunião anterior: "O BC segue dando atenção para a atividade externa, mas sinaliza que a queda de juros nas economias centrais pode trazer algum alívio para os emergentes."

"Acreditamos que essa decisão sinaliza que o Banco Central deve continuar com o processo de corte de juros, se não ocorrerem choques externos relevantes", diz Gabriela Fernandes, economista chefe da Gauss Capital, sobre o corte do juro.

Bancos cortam juros

O Bradesco informou que reduzirá os juros de suas principais linhas de crédito a partir de segunda-feira, acompanhando a decisão do Copom. O banco não especificou quais linhas terão taxas menores.

O Itaú Unibanco também anunciou uma redução nas taxas de juros de suas linhas de crédito. O banco disse que vai repassar integralmente o corte de 0,50 ponto porcentual anunciado ontem. Em nota, o banco informa que, para pessoa física, a queda será no empréstimo pessoal e, no caso de pessoa jurídica, no capital de giro. Conforme o Itaú, os valores, que passam a valer a partir de amanhã, variam de acordo com o perfil do cliente e de seu relacionamento com o banco.

Estadão
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