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País precisa resolver queimadas e mostrar que agronegócio é sustentável, diz ex-ministro

Ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues não acredita em boicote a produtos brasileiros no exterior, 'desde que falemos a verdade'

23 ago 2019 - 11h59
(atualizado às 12h35)
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O Brasil precisa mostrar os pontos positivos do seu setor agropecuário, mas também é necessário que se resolva o problema das queimadas na Amazônia, de acordo com o ex-ministro da Agricultura e coordenador do GV Agro, Roberto Rodrigues. "O essencial nesta questão é separar o que é verdadeiro do que é falso", disse ele ao Broadcast Agro, após palestra no 3º Congresso Nacional de Direito Agrário, realizado na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo.

"À medida que mostramos o que é verdadeiro no Brasil, o que a agricultura brasileira faz, toda a sua sustentabilidade, essas questões vão ser superadas rapidamente", disse, e ressaltou: "Mas o que está acontecendo na Amazônia é um problema, e temos que resolver esse problema."

O ex-ministro não acredita em boicote a produtos brasileiros no médio prazo, "desde que falemos a verdade", mas afirmou que existem alternativas ao produto brasileiro, portanto "temos que evitar que (o boicote) aconteça".

Rodrigues evitou criticar o presidente Jair Bolsonaro por suas ações e declarações a respeito do meio ambiente e das queimadas na Amazônia. "Isso (a responsabilidade por comunicar as partes boas do agronegócio brasileiro) é um problema do setor privado. Claro, é um problema que custa dinheiro, temos que fazer um processo permanente de comunicação. Eventualmente, se o governo quiser ajudar, contribuir de alguma forma, é bem-vindo."

A responsabilidade do governo, segundo ele, é fazer "ações positivas que permitam ao setor avançar cada vez mais, como fez nos últimos 40 anos". Rodrigues afirmou que não é apenas o presidente que tem essa responsabilidade. "É importante que o governo como um todo olhe para esse cenário. Ministro da Agricultura, da Fazenda, Relações Exteriores, Infraestrutura e outros."

Perguntado se o apoio do setor ao presidente, que foi forte durante a campanha eleitoral de 2018, está diminuindo, ele afirmou: "Não perguntei para ninguém se o apoio está diminuindo".

Estadão
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