Ouro sobe com correção em meio a incertezas no comércio global e na Otan
O ouro fechou em alta na sessão desta quinta-feira, 12, transparecendo alguma correção das quedas recentes em meio a prolongadas incertezas relativas à guerra comercial entre os Estados Unidos e a China e, também, à harmonia interna na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato futuro de ouro para agosto encerrou com ganho de 0,18%, a US$ 1.246,60 por onça-troy.
Sugere ter havido alguma correção o fato de que o metal acumula perdas de 0,73% nesta semana, mais acentuadas que a baixa de 0,63% no mês de julho até agora. Nesse contexto, os analistas de commodities do Commerzbank admitem "não conseguir entender" a fraqueza da cotação do ouro diante dos atuais riscos, "especialmente a guerra comercial" e "as declarações absurdas feitas pelo presidente dos EUA (Donald) Trump ontem durante a cúpula da Otan".
Apesar de o ouro ser visto como um ativo seguro, o metal não vinha conseguindo pegar embalo na incerteza semeada pelo panorama comercial e pela desarmonia levada por Trump à Otan não só ao reclamar que os demais países da aliança não conseguem levar seus gastos com defesa para perto da meta de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) como também ao sugerir que o piso fosse elevado para 4% do PIB.