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Ouro fecha no maior valor em 6 anos, com maior busca por segurança

12 ago 2019 - 18h23
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O ouro fechou no maior nível em seis anos nesta segunda-feira, em meio ao movimento de busca por segurança que impactou mercados ao redor do mundo. Tensões geopolíticas e incertezas sobre a economia global e o comércio internacional alimentaram o sentimento de aversão a risco no pregão.

O ouro para dezembro negociado na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em alta de 0,57%, a US$ 1.517,20 a onça-troy, maior valor desde setembro de 2013.

Além da persistente disputa comercial entre Estados Unidos e China, com pouca perspectiva de um acordo, investidores monitoravam o agravamento da situação econômica da Argentina, o cancelamento de voos em Hong Kong em razão dos violentos confrontos entre governo e manifestantes anti-Pequim e a iminente dissolução da coalizão governamental na Itália, que pode levar a eleições antecipadas.

Ademais, fatores como a onda de relaxamento monetário por bancos globais, a queda nos rendimentos nos bônus, a fraqueza do dólar, a desvalorização do yuan e a compra de ouro por bancos centrais contribuem para o rali do metal precioso neste ano, como avalia a analista sênior de metais preciosos do ABN, Georgette Boele.

Para Boele, estes fatores sustentarão o preço do ouro no longo prazo, mas a analista vê a chance de correção do valor nos próximos meses, uma vez que o metal se valorizou muito em pouco tempo - 17% desde o início do ano. "Mantemos nossa previsão do preço de US$ 1.400,00 por onça-troy até o fim do ano, mas elevamos nossa projeção para US$ 1.600,00 ao final de 2020", escreve.

Neste contexto de riscos globais, ativos seguros como o ouro ganham maior atratividade e se favorecem pela aversão a risco. "Os metais preciosos, e o ouro em particular, são as fontes perpétuas de proteção contra inflação e desaceleração econômica", escrevem analistas do Swissquote, destacando que o ouro enquanto commodity teve valorização superior a 287% nos últimos quinze anos, contra 44% do índice S&P 500, por exemplo.

Estadão
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