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Ouro fecha estável, com questões geopolíticas e dólar no radar

14 jun 2019 - 16h40
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O contrato futuro de ouro fechou praticamente estável nesta sexta-feira, 14, em meio à perspectiva global mais pessimista, após um ataque a navios petroleiros no Golfo de Omã desencadear uma escalada das tensões entre Estados Unidos e Irã, mas também de olho na cotação do dólar. O metal chegou a atingir máxima de US$ 1.362,20 por onça-troy, maior preço desde o início de 2014.

O ouro para agosto negociado na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em ligeira alta de 0,05%, a US$ 1.344,50 a onça-troy. Na comparação semanal, contudo, a commodity recuou 0,11%.

Na madrugada de quinta-feira, dois navios petroleiros foram atingidos por minas no Golfo de Omã, perto do estreito de Ormuz. Em entrevista concedida nesta manhã, o presidente americano, Donald Trump, disse ter certeza de que o Irã foi responsável pelos ataques.

O governo iraniano, por sua vez, acusa os EUA de fazerem acusações infundadas como parte de uma "diplomacia de sabotagem". As hostilidades verbais entre os países pioram o cenário da economia global, já enfraquecida pela guerra comercial entre EUA e China e pelas ameaças de Trump de impor sanções ao gasoduto Nord Stream 2, operado pela Rússia.

Outro fator que tem impulsionado o rali do ouro nas últimas semanas é a crescente expectativa de corte da taxa de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Segundo os contratos futuros dos Fed funds monitorados pelo CME Group, 88,4% das apostas do mercado apontam pelo menos um corte de juros em julho. A redução da taxa afeta negativamente os rendimentos dos Treasuries, favorecendo o ouro na busca por outros ativos seguros.

Mesmo assim, nesta sexta-feira, os ganhos do metal precioso foram bastante limitados pela força do dólar à medida que a moeda americana foi favorecida após indicadores da atividade econômica nos EUA, como produção industrial e o grupo de controle das vendas no varejo referentes a maio.

O dólar mais forte tende a pressionar os preços do ouro à medida que o metal amarelo fica mais caro para investidores que operam em outras divisas.

*Com informações da Dow Jones Newswires.

Estadão
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