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Ouro fecha em queda, com juros dos Treasuries e de olho em embargo do G7

27 jun 2022 - 15h20
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O contrato mais líquido do ouro encerrou o primeiro pregão da semana em queda. Operadores avaliam a proibição de importações do metal precioso russo pelo G7. Paralelamente, o alto nível dos juros dos Treasuries pressiona o rendimento do ouro.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para agosto caiu 0,30%, a US$ 1.824,80 por onça-troy.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmou no domingo que o G7 vai proibir as importações de ouro russo.

Líder de pesquisa no Julius Baer, Carsten Menk diz ver impacto fundamental limitado do embargo, dada a pouca relevância sobre a oferta nos preços do ouro. "Em vez disso, acreditamos que segue como uma questão muito mais importante para o ouro agora se os EUA irão ou não escorregar para uma recessão econômica", afirma.

Caso se confirme, uma recessão poderia elevar os preços do metal precioso, uma vez que considerado um porto seguro dos investidores. O ativo do ouro chegou a ter alguma alta pela notícia, mas logo foi revertida.

Analista da Oanda, Edward Moya nota ainda que os países do Ocidente já estavam limitando suas transações com a Rússia, então o embargo "meramente confirma o que estava sendo feito". Em relatório, ele afirma que o ouro está "surfando na onda de rendimentos crescentes dos Treasuries" e vem se estabilizando à medida que investidores debatem se os retornos atingiram o pico.

Os preços do metal devem avançar quando Wall Street estiver convencida de que já precificou o ritmo de aumento dos juros básicos pelo Federal Reserve (Fed) e, então, são os temores de recessão global que assumirão os holofotes, diz Moya.

Estadão
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