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Ouro fecha em alta com novas dúvidas sobre acordo comercial entre EUA e China

14 out 2019 - 15h38
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O ouro fechou em alta nesta segunda-feira, com novas dúvidas em relação ao acordo comercial entre os Estados Unidos e a China. Surgiram relatos de que o país asiático deseja efetuar mais negociações antes de assinar o entendimento com os americanos, o que trouxe a cautela de volta para os mercados internacionais.

Com isso, na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato futuro do ouro para dezembro fechou o dia em alta de 0,60%, a US$ 1.497,60 a onça-troy.

A imprensa americana noticiou nesta segunda-feira que a China deseja travar mais negociações antes da assinatura de qualquer entendimento com os EUA, o que atenuou o otimismo da sexta-feira, quando os dois países anunciaram um "acordo fase 1" para dar fim à guerra comercial. A notícia trouxe a cautela de volta ao radar dos investidores, o que favoreceu ativos considerados de segurança, como o ouro.

De acordo com Daniel Briesemann, analista do Commerzbank, as incertezas envolvendo o Brexit também ajudaram no apoio às cotações do metal precioso. "O risco de um Brexit sem acordo permanece, o que acreditamos que deve beneficiar o ouro como um porto seguro", afirma.

O impasse em relação à saída do Reino Unido da União Europeia segue, de fato, favorecendo a busca por segurança. Com a data final do divórcio - 31 de outubro - se aproximando, o país ainda não conseguiu firmar um acordo para deixar o bloco. O primeiro-ministro Boris Johnson, domingo, disse a membros de seu gabinete que acredita que haja tempo hábil para consolidar um entendimento, mas que estaria difícil chegar a um consenso. Hoje, a rainha Elizabeth II foi ao Parlamento britânico e reiterou que o país deixará o bloco no fim do mês.

Briesemann também vê como um impulso ao ouro, "como um papel de reserva de valor", a notícia de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) manterá suas operações de recompra (repo) pelo menos até o segundo trimestre de 2020.

Estadão
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