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Ouro fecha em alta, com maior busca por segurança em quadro com coronavírus

27 jan 2020 - 16h31
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O ouro fechou com ganhos nesta segunda-feira, 27, em um quadro nos mercados globais de maior busca por segurança, diante da epidemia de coronavírus na China. Analistas e investidores avaliam o impacto do problema para a economia da potência asiática e também no mundo em geral, ainda em meio à incerteza sobre que extensão o problema pode de fato atingir. O ouro para fevereiro fechou em alta de 0,35%, em US$ 1.577,40 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

A Sucden Financial destaca em relatório a forte aversão ao risco nos mercados globais, conforme o coronavírus se dissemina na China, "o que poderia impactar o crescimento econômico na região e para além dela".

Com a busca por segurança, o ouro "obteve bons ganhos", nota a consultoria. O BBH, por sua vez, calculou mais cedo que o ouro já havia avançado "cerca de 1,5%" desde o início da cautela com a doença.

O Commerzbank vê o coronavírus como "uma bênção e uma maldição para o ouro". O banco alemão também destaca em relatório o aumento na demanda pelo metal nos mercados, mas diz que a demanda física na própria China poderia ser prejudicada por causa da doença, mesmo em um período de alta demanda como o feriado do ano-novo lunar local.

A instituição avalia que a demanda física está contida também na Índia, país em que deve ser apresentado o orçamento para o próximo ano fiscal no próximo fim de semana. "É questionável se o imposto sobre importação de ouro será de fato reduzido, como tem sido solicitado - em caso positivo, isso provavelmente apoiaria a demanda por ouro", diz.

Falando sobre um intervalo mais longo, a Capital Economics projeta que em 2020 e 2021 o ouro deve ter tendência de baixa, diante da menor busca por segurança entre investidores no biênio. Apenas para este ano, a consultoria cita três motivos para o metal perder apelo: a expectativa de avanço nos juros dos Treasuries, que concorrem como opção segura ao ouro; a demanda física fraca nos dois principais mercados físicos, Índia e China; e uma menor busca por segurança, diante de uma gradual melhora no crescimento global.

Estadão
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