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Otimismo externo atinge Ibovespa; petróleo pode dar impulso às ações da Petrobras

19 dez 2018 - 17h33
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O tom positivo dos mercados acionários do exterior atinge o Ibovespa, que tenta emplacar o segundo dia consecutivo de alta. A magnitude do avanço mais uma vez dependerá das notícias internacionais, em especial dos Estados Unidos, onde nesta quarta-feira, 19, à tarde será divulgada a nova taxa dos Fed Funds. Além disso, a retomada do petróleo também tende a impulsionar a Bolsa.

A expectativa é que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) eleve o juro pela quarta vez seguida este ano. Contudo, o foco maior deve recair sobre o comunicado do Fed e da entrevista do presidente da instituição, Jerome Powell, em meio ao debate acerca da desaceleração da economia mundial, especialmente dos EUA.

"Esperamos um movimento de menor aversão ao risco com a sinalização 'dovish' da política monetária futura do Federal Reserve, o que favoreceria os mercados acionário e de commodities", avalia em nota o economista-chefe da GO Associados, Eduardo Velho.

Além do desempenho mais favorável das bolsas na Europa e dos índices futuros de Nova York esta manhã, a recuperação dos contratos futuros de petróleo pode ajudar as ações da Petrobras a retomar a alta, após as perdas de mais de 3% na véspera. O Ibovespa, por sua vez, subiu 0,24%, aos 86.610,49 pontos. Às 10h29, a alta era de 0,72%, aos 87.232,86 pontos.

O analista Álvaro Frasson, da Necton Investimentos, ressalta que se as cotações do petróleo ganharem mais força ao longo do dia, não só os papéis da estatal poderão subir, mas também darão um pouco mais ímpeto para o principal índice da Bolsa brasileira. "Neste momento, dificilmente o Ibovespa poderá avançar perto de 1,00%, ou terá queda mais expressiva. O mercado está perdendo um pouco de força em função da falta de notícia no âmbito doméstico", diz.

Mesmo em meio ao noticiário considerado desfavorável envolvendo a família Bolsonaro, Frasson observa que isso é insuficiente para contaminar os negócios na Bolsa. Espera-se que nesta quarta ocorram a apresentação e depoimento de Fabrício de Queiroz, ex-assessor e motorista do filho e senador eleito Flávio Bolsonaro, ao Ministério Público do Rio.

Conforme o analista da Necton, o que importa para o mercado é se o novo presidente fará ou não a reforma da Previdência. "Para ganhar um pouco mais de força, o Ibovespa depende do noticiário no campo político, quando tiver mais clareza da reforma da Previdência quando tiver avanço no projeto de votação da cessão onerosa da Petrobras", cita.

Estadão
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