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Otimismo com Previdência e alívio em NY impulsionam Ibovespa

8 mai 2019 - 11h41
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De volta aos 95 mil pontos, o Ibovespa iniciou o dia com ganhos, influenciada por perspectivas animadoras sobre a reforma previdenciária, mas sem muita empolgação, diante do clima cauteloso com o cenário internacional continua desfavorável. Investidores ainda estão ressabiados com o imbróglio comercial entre Estados Unidos e China, que tem contaminado em parte essas economias. No dado mais recente, de abril, as exportações chinesas frustraram analistas.

As bolsas norte-americanas começaram a quarta-feira em queda, mas reduziram as perdas, tentando se firmar em alta. Depois de anunciar que elevará as tarifas sobre produtos chineses, o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou nesta manhã que a China teria informado que o vice-premiê chinês visitará os EUA para fechar um acordo.

Ainda há um clima mais cauteloso por causa das dúvidas relacionadas às questões comerciais, mas desde o fim da tarde de ontem houve certo descolamento do mercado doméstico em relação ao exterior, observa o economista Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria Integrada. "Não só por causa da expectativa pelo início dos trabalhos na Comissão Especial da Câmara. A indicação de que o governo está mais firme na defesa da proposta traz sinais um pouco melhores", diz.

Para tentar atrair apoio à reforma, o presidente Jair Bolsonaro recuou de sua decisão de não entregar o comando de pastas a partidos e decidiu dividir o Ministério do Desenvolvimento Regional em dois, recriando Cidades e Integração Nacional.

Há expectativa em relação à postura do ministro da Economia, Paulo Guedes, que estará na Comissão Especial para explicar a reforma aos deputados. A bancada do PSL deve tentar blindá-lo dos ataques da oposição, como ocorreu em sua última visita ao Congresso, que acabou em tumulto.

"O lado positivo é a notícia de que o governo está cedendo ao Centrão para tentar atrair apoio para a reforma da Previdência. Do lado ruim, o exterior não deve ajudar por enquanto", estima um profissional de renda variável.

Apesar da alta modesta do petróleo no exterior, as ações PN da Petrobras avançam mais de 3,00%. Já ON sobem mais de 2,5%. O movimento também é parecido no exterior. O American Depositary Receipt (ADR) da estatal tem valorização na faixa de 3,00% em Nova York.

O resultado da companhia, que reportou lucro líquido de R$ 4,031 bilhões no primeiro trimestre de 2019 (42% menor do que o do mesmo período de 2018), foi bem visto por analistas, que mantêm recomendação de compra. No entanto, ponderam que há desafios para a empresa.

Em teleconferência esta manhã, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou que o resultado financeiro da empresa no primeiro trimestre não foi brilhante, mas "as notícias são boas em abril e no futuro".

Já as ações da Vale ON cedem 1,41%, coincidindo com o recuo do minério. O Ibovespa, por sua vez, subia 1,46%, aos 95.770,20 pontos, às 11h16.

Estadão
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