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Otimismo com Brasil cresce e investidor estrangeiro vê economia de R$ 900 bi com Previdência

Segundo pesquisa com agentes do mercado financeiro feita pelo Bank of America Merrill Lynch, 90% dos entrevistados esperam que o Ibovespa supere os 110 mil pontos até o fim do ano

16 jul 2019 - 12h06
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O otimismo dos investidores internacionais com o Brasil cresceu nas últimas semanas, na medida em que a reforma da Previdência avançou no Congresso, mostra pesquisa com agentes do mercado financeiro feita pelo Bank of America Merrill Lynch. A expectativa é de Bolsa com mais ganhos, real valorizado e juros menores, enquanto cresceu a aposta de uma reforma com economia fiscal de ao menos R$ 900 bilhões em dez anos.

Ao mesmo tempo, aumentou o pessimismo com o México por causa do crescimento da incerteza política, principalmente após a renúncia do ministro das Finanças, Carlos Urzú.

Dos investidores entrevistados na pesquisa do banco americano, 77% acreditam que a reforma será aprovada até o final do terceiro trimestre, ante 51% da pesquisa feita no mês passado.

Os investidores, porém, passaram a esperar maior impacto fiscal com a reforma. Na pesquisa feita em junho pelo BofA, uma economia de R$ 700 bilhões em 10 anos era considerado como um "resultado positivo". Este mês, ao menos 33% já esperam uma economia de ao menos R$ 900 bilhões para classificarem a reforma como positiva.

Quase 90% dos agentes do mercado esperam o Ibovespa acima de 110 mil pontos no final do ano, ante 48% da pesquisa feita em junho pelo banco americano. Ainda, mais gestores veem o Ibovespa acima dos 120 mil pontos em dezembro (17% agora ante 4% do mês passado).

Nos juros, dois terços dos participantes (66%) veem ao menos 0,50 ponto porcentual de redução na taxa básica de juros este ano, a Selic. Na pesquisa de junho eram 24%.

Para o câmbio, porém, apesar da expectativa de valorização do real, o movimento deve ser mais contido que nos mercados de juros e na B3. A maioria dos investidores (perto de 70%) espera que o dólar fique na casa dos R$ 3,60 a R$ 3,80 ao final do ano. Ao mesmo tempo, aumentou de 7% para 15% os agentes que veem a moeda caindo abaixo de R$ 3,60.

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A maioria dos gestores pesquisados acredita que o Brasil vai reconquistar o selo de grau de investimento, com metade esperado que isso ocorra até 2021, 20% até 2022 e o resto até 2023. Apenas cerca de 5% não veem o Brasil voltando a ter essa classificação.

Entre os investidores, 40% esperam ver progresso em outras reformas, além da previdência, para ficar mais expostos ao Brasil. No mês passado, eram 30%.

A pesquisa do BofA foi feita entre os dias 5 e 10 de julho, com 30 investidores que administram US$ 71 bilhões.

Estadão
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