Ocupando a inglória lanterna no ranking dos 20 melhores países latino-americanos e caribenhos para mulheres empreendedoras, a Jamaica peca ao não expandir o acesso ao microcrédito, possuir um serviço público desqualificado como um todo e dificultar a escolha de paternidade e maternidade por parte de seus cidadãos. Em meio a isso, resta como consolo um nível educacional semelhante ao de outros países da região e uma rede de negócios sólida.
Foto: Shuttterstock
No Paraguai, o penúltimo de 20, as mulheres se beneficiam de uma legislação que favorece seus direitos sobre propriedades, custo moderado para fazer negócios e um suporte técnico eficaz para as microempresas. Como aspectos negativos, é preciso mencionar a vulnerabilidade da economia a choques externos e o alto grau de informalidade, simbolizado por vendedores ambulantes.
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No país de Chávez e Maduro, a educação e o amparo às crianças são destacados positivamente. Entretanto, para deixar os últimos postos desta lista, a Venezuela (em 18ª) deve aumentar o acesso ao crédito e ao microcrédito e reduzir os riscos macroeconômicos, como a inflação, que superou os 20% nos últimos dois anos.
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Escore máximo no número de famílias chefiadas por mulheres, pequeno custo para fazer negócios e riscos reduzidos nas questões macroeconômicas. Afora isso, uma disponibilidade de crédito insatisfatória, legislação escassa sobre negócios e pouca segurança são problemas que El Salvador terá de enfrentar caso queira chegar a posições mais elevadas do que a 17ª.
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Baixo risco macroeconômico e uma estrutura de apoio à criança de qualidade são virtudes do país da América Central. A lista de deficiências, no entanto, é extensa: acesso ao crédito e tecnologia insuficientes, condições adversas para as mulheres que queiram ser mães e um índice de famílias chefiadas por mulheres próximo do zero impedem que a Guatemala vá além da 16ª colocação.
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Com o ambiente menos propício para negócios entre todos os países pesquisados, a pequena disponibilidade de crédito faz da Nicarágua (15º no levantamento) um local pouco recomendável para a parcela da população feminina que deseja empreender. Redes qualificadas de amparo à criança e suporte técnico para mulheres que tomam iniciativa no mundo empresarial, porém, são pontos positivos.
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Em Honduras, as mulheres são obrigadas a enfrentar altos riscos em operações financeiras, baixo estímulo à maternidade e um acesso à tecnologia ínfimo. Por isso o país ocupa a 14ª posição na lista. Em compensação, muitas famílias são chefiadas por mulheres, algo pouco visto na maioria dos países listados.
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Altos riscos de operação de negócios e baixa disponibilidade de tecnologia dificultam o empreendedorismo entre as bolivianas. No pais andino, o 13º do ranking, apenas 30% das pessoas conseguem se conectar à internet. Como destaques positivos, o país presidido por Evo Morales apresenta um bom suporte técnico para as microempresas, com programas específicos para as mulheres e população indígena.
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Restrito acesso à tecnologia e condições adversas à maternidade são obstáculos às equatorianas que desejam empreender. Por outro lado, os riscos macroeconômicos são baixos e a renda per capita cresceu nos últimos anos, no Equador, que está em 12º na lista. A hiperinflação, um problema antigo, também já foi contida.
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Na República Dominicana, mais de 50% da força de trabalho é composta por mulheres. Como ponto positivo, também é preciso lembrar do baixo custo para fazer negócios no país e do suporte técnico voltado especificamente para a população feminina. Para progredir e sair da 11ª posição, a nação caribenha deve qualificar seu deficiente sistema de saúde e expandir o acesso ao crédito em geral.
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Bom acesso à tecnologia, ao crédito e a serviços sociais são dignos da 2ª colocação entre os 20 países do ranking fazem do Brasil um bom lugar para as investidoras. As redes de amparo à criança e aos idosos são destaques, assim como ações de capacitação da mão-de-obra, como as desenvolvidas pelo Sebrae. De acordo com a Unesco, 60,8% das pessoas que se graduam no ensino superior no País são mulheres, o que também é positivo. O país só ocupa a 10ª colocação no ranking devido a problemas conhecidos dos brasileiros, como corrupção e falta de segurança.
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Empreendedoras panamenhas usufruem de baixos riscos de operação de negócios e um bom acesso aos serviços públicos. O Panamá ocupa o 9º lugar no rol de países para mulheres empreendedoras. Apesar disso, menos da metade das mulheres do país pode contar com serviços de microcrédito e sua participação nos grandes negócios segue restrita.
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Altos riscos para operar negócios, serviços públicos precários e elevada inflação prejudicam o caribenho Trinidad e Tobago, cuja população é de 1,35 milhão de habitantes. Apesar disso, os níveis educacionais são satifatórios, e as mulheres têm grande representação em programas governamentais de ciência, agricultura, direito, engenharia e negócios. O país ocupa o 8º lugar no ranking.
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Nível educacional e direito à propriedade são pontos positivos do país presidido por Cristina Kirchner. Em compensação, o acesso ao crédito e o risco macroeconômico, influenciado pela alta inflação e desvalorização do peso, a moeda argentina, são desafios que os argentinos - em 7º no ranking - devem superar.
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Com 4,88 milhões de habitantes, a Costa Rica está em 6º por oferecer um excelente suporte técnico às microempresas e uma boa rede de saúde a sua diminuta população, além de uma democracia sólida. Resta à nação da América Central expandir o acesso ao crédito e ao microcrédito para tornar-se mais atraente para as mulheres que desenvolvem negócios.
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Com aproximadamente 40% das micro, pequenas e médias empresas pertencendo às mulheres, o Uruguai ocupa o 5º lugar na pesquisa. O vizinho brasileiro, atualmente presidido por José Mujica, obteve nota máxima no quesito relativo à rede de amparo às crianças e se mostrou pouco vulnerável à corrupção. Para subir no ranking, o país deve melhorar as condições para que as pessoas exerçam a maternidade e a paternidade, além de desenvolver mais programas especificamente voltados às mulheres empreendedoras.
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Possuir as instituições financeiras mais sólidas entre todos os países pesquisados colaborou para que o México conquistasse a 4ª colocação no ranking. Os direitos de propriedade e o acesso ao microcrédito também são destacados. O número de famílias chefiadas por mulheres, porém, decepciona, obtendo nota zero no levantamento.
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Com seu país em 3º lugar no ranking, as colombianas são as que possuem maior capacidade para empreender. Na terra de Gabriel García Marquez e Fernando Botero, os índices educacionais são destaque ao lado do fácil acesso ao crédito. O custo de fazer negócios no país é elevado, fazendo com que ocupe a modesta 10ª colocação no quesito.
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Bom suporte técnico às pequenas empresas e uma economia estável auxiliaram o Peru na conquista do 2º lugar do ranking. Um estudo de 2010 da Universidade de Harvard indica que, no país andino, micro, pequenas e médias empresas estão presentes em 98% dos negócios. Como no Chile, o número de famílias chefiadas por mulheres não é satisfatório, sendo válido o mesmo adjetivo para o acesso à tecnologia, que obteve apenas 35,5 pontos.
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Com um Índice de Desenvolvimento Humano de 0,820, o mais alto entre os países listados, o Chile é considerado a melhor nação para mulheres empreendedoras na América Latina e no Caribe. Entre os atributos do país estão a baixa vulnerabilidade à corrupção e uma rede de amparo à criança dignos de nota máxima. O pequeno número de famílias chefiadas por mulheres e o restrito acesso ao microcrédito são obstáculos ao avanço ainda maior.
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Elaborado pelo Fundo Multilateral de Investimento (Fumin), integrante do Grupo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e pela Economist Intelligence Unit, o levantamento Women’s Entrepreneurial Venture Scope revelou quais são os países latino-americanos e caribenhos que apresentam melhores condições para mulheres empreendedoras. O índice leva em consideração cinco aspectos: estabilidade econômica, ambiente para negócios, instituições financeiras, nível de educação formal entre as mulheres e serviços públicos que são importantes para a população feminina, como creches. O Brasil, com 53,3 pontos de 100 possíveis, está em 10º lugar no ranking, liderado pelo Chile. Confira os 20 primeiros na galeria.