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Operações Empresariais

Balança comercial do setor de pneus é negativa há três anos

6 dez 2013 - 07h37
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A balança comercial do setor de pneus registrou nesse ano o maior déficit da história. Até o último relatório, de outubro, a balança apontava um índice negativo de US$ 302,6 milhões, o equivalente a R$ 712,7 milhões. Se comparado ao mesmo período de 2012, o número é 12 vezes maior. Faz três anos que se importa mais pneus do que se exporta.

O resultado negativo se deve não à queda das exportações, mas muito mais ao aumento das importações. Comparando-se a 2007 - quando o saldo foi positivo de US$ 717,8 milhões -, a queda nas vendas para o exterior foi de 18%. O percentual é bem menor que os 131% de subida nas importações. Outubro foi exatamente o mês em que mais importamos em valor no ano: foram quase R$ 370 milhões. Nunca se importou tanto nos dez primeiros meses do ano.

Desde maio de 2012 o setor pneumático brasileiro não termina um mês com a balança positiva. Segundo a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP), o cenário só deve mudar se forem tomadas medidas que reduzam o custo brasil para as indústrias e ampliem a competitividade nacional. A maior parte das importações é feita por empresas sem fabricação no país, que buscam atender o mercado de reposição. Das 23,2 milhões de unidades trazidas para o Brasil neste ano, pouco menos de um terço são para fabricantes nacionais.

Produção cresce

De acordo com a ANIP, a produção brasileira de pneus aumentou 9,1% em relação ao mesmo período de 2012. O crescimento se deve principalmente pela expansão do mercado de cargas e pelo estímulo a compra de caminhões. A produção, entretanto, tem se destinado cada vez mais ao mercado interno. A demanda do setor é um estímulo semelhante ao que se dá à produção de automóveis, para que se possa ampliar a produção local, suprindo o crescimento estimado da frota e possibilitando uma competitividade no mercado externo.

Um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Pneus (ABIDIP) aponta que o aumento nas importações implicaram num valor maior ao consumidor. O crescimento médio do preço varia de 2,8% a 5% desde janeiro dependendo da marca do produto.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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